Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Coleta seletiva chega a apenas 18% dos municípios brasileiros, diz Ipea

Brasília – Dois anos depois da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, a coleta seletiva de lixo, prevista na lei, estava presente apenas em 18% dos municípios brasileiros. E, nas cidades onde a coleta seletiva já estava implementada, a quantidade de material recuperado nesses programas ainda era pequena quando comparado com o total coletado.
Segundo o levantamento Plano Nacional de Resíduos Sólidos: Diagnóstico dos Resíduos Urbanos, Agrosilvopastoris e a Questão dos Catadores, divulgado hoje (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a coleta seletiva aumentou 120% nas 994 cidades que mantinham esse programa entre 2000 e 2008.
Apesar do incremento das ações, o estudo mostra que, no caso dos metais, por exemplo, das 9,8 milhões de toneladas de resíduos reciclados em um ano, apenas 0,7% foi recuperado pela coleta seletiva. Na reciclagem de 3,8 milhões toneladas de papel e papelão, a coleta seletiva respondeu por 7,5% e, no caso do plástico (962 mil toneladas/ano) e vidro (489 mil toneladas/ano), a recuperação dos materiais a partir da coleta seletiva foi pouco maior que 10%.
De acordo com o Ipea, os números indicam que “a reciclagem no país ainda é mantida pela reciclagem pré-consumo e pela coleta pós-consumo informal”.
Em relação à coleta regular total, o levantamento mostra que a cobertura no país vem crescendo e alcançou, em 2009, 90% dos domicílios do país. A distribuição, entretanto, revela uma desigualdade entre a área urbana, onde a coleta supera o índice de 98%, e as áreas rurais, onde a cobertura ainda não atinge 33%.
“A geração de resíduos sólidos urbanos tende a aumentar não apenas com o aumento da população, mas também com o aumento da renda, principalmente quando estratos da população que tinham acesso muito restrito a produtos industrializados e embalados ganham poder de compra”, alerta o documento.
 
 

Estimativa da participação dos programas de coleta seletiva formal (2008)
Fonte: Agência Brasil / IPEA

terça-feira, 24 de abril de 2012

Camargo Corrêa quer diminuir a emissão de carbono em 37%até 2020


Plano é pioneiro no setor de construção civil pesada e foi mencionado em relatório da ONU no ano passado.
A Construtora Camargo Corrêa tem intensificado em suas atividades um plano de redução nas emissões de carbono e tem colocado parâmetros para o segmento de construção civil pesada por não haver, até o momento, metas internacionais impostas por algum órgão ou entidade internacional.
Denominado "Plano de Gestão de Carbono", a iniciativa tem o objetivo de reduzir em 37% o nível de emissão de gases na atmosfera até 2020 em um projeto que abrange 32 obras da qual é responsável no país e que deve garantir à empresa uma economia de R$ 10 milhões ao longo desse ano.
Considerada pioneira na área, a atuação da Camargo Corrêa mencionada, no ano passado, no relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Sustentabilidade Global.
"O setor de construção civil pesada está pensando atualmente em seu inventário de metas de sustentabilidade e há vários organismos internacionais acompanhando os trabalhos que estamos implementando", afirma Kalil Farran, gerente de sustentabilidade da Construtora Camargo Corrêa.
E para atingir a redução nas emissões de carbono na atmosfera, a companhia tem realizado quatro iniciativas principais em seu plano: a diminuição no uso de combustíveis nas obras, a manutenção do maior nível possível da vegetação onde será construído o empreendimento, o menor consumo de energia elétrica, e a aplicação de concreto sustentável (feito com menos cimento) nos projetos.
Iniciativa econômica
Com essa atuação sustentável, a Camargo Corrêa tem obtido benefícios não apenas para o meio-ambiente como também em suas finanças.
"Conseguimos incorporar a sustentabilidade de uma forma que gera retorno", diz Farran. Um dos exemplos citados pelo executivo é a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, situada no Rio Madeira, no estado de Rondônia.
Por meio de um treinamento dado aos motoristas dos equipamentos utilizados na obra, a empresa conseguiu diminuir em 6,2% o consumo de combustível, nível que equivaleu a 2 milhões de litros de diesel e uma economia de R$ 3,8 milhões.
Já em relação à diminuição do desmatamento nos projetos, a Camargo Corrêa tem trabalhado para manter a vegetação através da melhora no planejamento da obra e de iniciativas de engenharia.
Segundo a empresa, na mesma usina hidrelétrica, em Rondônia, 66% do total da área liberada para ser desmatada foi mantida. Com essas iniciativas em relação à vegetação, a companhia conseguiu economizar R$ 12 milhões entre os anos de 2009 e 2010.
"As metas viraram compromisso dentro da empresa e entrou para a grade de remuneração dos diretores", comenta o gerente de sustentabilidade da Camargo Corrêa.

Fonte: Brasil Econômico

Cidades brasileiras ganham certificação sustentável



Fonte: Jornal do Meio Ambiente
Com objetivo de melhorar a qualidade do planejamento territorial e contribuir com a mudança do modelo de desenvolvimento das cidades brasileiras, a Fundação Vanzolini desenvolveu o referencial técnico do Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental) para bairros e loteamentos.
A certificação, adaptada para o Brasil a partir do processo francês HQE Amenagément, considera a gestão do projeto, da construção, do uso e da operação de bairros e loteamentos sustentáveis para a obtenção dos níveis de desempenho planejados.
As certificações de empreendimentos realizadas pela Fundação Vanzolini têm causado mudanças na cultura da construção civil brasileira e, de acordo com o coordenador executivo do Processo AQUA, o professor Manuel Carlos dos Reis Martins, “o referencial técnico para bairros e loteamentos prevê um desenvolvimento coerente com o tecido urbano como decorrência do planejamento territorial de regiões, além de promover a sustentabilidade econômica do entorno”.
Para alcançar a certificação AQUA, o empreendedor que concebe e lança o projeto de um bairro ou loteamento precisa atender às exigências de 17 objetivos de desempenho, divididos em três grandes temas: integração e coerência do bairro (cinco critérios); recursos naturais, qualidade ambiental e sanitária do bairro (sete) e vida social e dinâmicas econômicas (cinco). Nenhum dos 17 objetivos pode ficar abaixo do nível bom, que corresponde ao nível legal mais rigoroso, sendo que pelo menos nove devem atingir desempenhos superiores ou excelentes.
O primeiro condomínio sustentável do Brasil e certificado pelo Processo AQUA fica em São Carlos - o Residencial Damha Golf I, da Damha Incorporadora. Está localizado a cinco quilômetros do Centro da cidade, às margens da rodovia SP-318, que liga São Carlos a Ribeirão Preto. No Damha Golf I, oito categorias foram avaliadas em nível excelente; quatro atingiram o nível superior e cinco foram avaliadas em nível bom.
17 critérios do Processo AQUA para bairros e loteamentos:

Integração e a coerência do bairro
1. território e contexto local
2. densidade
3. mobilidade e acessibilidade
4. patrimônio, paisagem e identidade
5. adaptabilidade e potencial evolutivo

Recursos naturais, qualidade ambiental e sanitária do bairro
6. água
7. energia e clima
8. materiais e equipamentos urbanos
9. resíduos
10. ecossistemas e biodiversidade
11. riscos naturais e tecnológicos
12. saúde

Vida social e dinâmicas econômicas
13. economia do projeto
14. funções e pluralidade
15. ambientes e espaços públicos
16. inserção e formação
17. atratividade, dinâmicas econômicas e estruturas de formação locais

Fonte: Jornal do Meio Ambiente

Quando o deserto pode ser fértil

Por Mara Sampaio* 


O deserto é fértil quando ajuda o homem perceber que a escassez de recursos naturais não pode limitar seu desenvolvimento.
Ao optar pela evolução mesmo em condições adversas, o homem mobiliza seus recursos internos e usa a criatividade para superar desafios.
A falta de água, o solo árido e a existência de vizinhos hostis ajudou a criação da cultura empreendedora no território de Israel. Um país pequeno, do tamanho do estado de Sergipe, com apenas sessenta anos, um povo com fortes tradições culturais e voltado para o futuro.
Em pouco tempo e sem recursos naturais construiu-se no deserto um país que, independente da forma com que encara seus problemas de convivência com os vizinhos, é um dos berços da inovação tecnológica empresarial.
Sabemos que em situação de adversidade o ser humano é capaz de desenvolver competências para superar e inovar, ficar melhor do que era antes.
Quando esta capacidade de superação deixa de ser individual e passa a pertencer a um grupo social e é transmitida e multiplicada pelas novas gerações, se transforma em um traço cultural.
Este é o caso de Israel. A inovação é a base da sua cultura. Pude constatar a presença destes aspectos culturais numa visita que fiz ao país no ano passado e tive o privilégio de assistir em Israel uma palestra de Saul Singer, coautor do livro "Nação empreendedora - o milagre econômico de Israel e o que ele nos ensina" da editora Évora.
Fiquei impressionada com as histórias empreendedoras e a determinação e persistência de seus protagonistas pela inovação. Saul Singer participa esta semana, em São Paulo, de uma série de eventos para divulgação de seu livro.
Um deles aconteceu ontem no auditório da Livraria Cultura, na Avenida Paulista. É uma boa oportunidade para conhecer a força da cultura na reinvenção de um país e descobrir o que se pode aprender com eles para que empreendedorismo e inovação sejam também alicerces da cultura brasileira.
O empreendedorismo desenvolvido em Israel é prioritariamente de alto impacto. As novas empresas investem em talentos especializados para desenvolver ideias radicalmente inovadoras, capazes de transformar um setor inteiro.
O autor considera que alguns elementos da história do país e da cultura judaica favorecem a energia criativa do setor empresarial. Israel na sua fundação foi constituído por mais de 20 diferentes nacionalidades, o que promoveu a convivência com a diversidade.
A chegada constante de imigrantes favorece uma cultura da disponibilidade ao risco e a começar coisas novas.
O traço cultural da dúvida e da discussão, que o autor afirma ser uma característica do povo judeu, estimula desde a infância a capacidade de argumentação e o questionamento, inclusive sobre hierarquia. Esse povo preza pela sinceridade e franqueza, fala o que pensa, decide com rapidez e é pragmático.
O exército israelense é considerado um fator essencial na cultura de inovação. Investe em pesquisa tecnológica e na formação acadêmica de alto nível, que os militares utilizarão mais tarde, na vida privada, para empreender.
Isso ajuda a explicar o sucesso. Mas o que conta mesmo é a determinação de evoluir mesmo num ambiente que parece inadequado para isso.

*Psicóloga e especialista em cultura empreendedora

Fonte: Brasil Econômico

Investimento Estrangeiro Direto avança para US$ 5,9 bilhões


O Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 5,9 bilhões em março, acima dos US$ 3,6 bilhões no mês de fevereiro, segundo dados do Banco Central (BC).
No mesmo período do ano passado, o IED atingiu US$ 6,8 bilhões.
Em fevereiro, houve ingresso de US$ 5,1 bilhões referentes à participação no capital, e US$ 830 milhões em empréstimos intercompanhias.
Nos 12 meses encerrados em março, os ingressos líquidos de IED somaram US$64,1 bilhões, equivalentes 2,55% do PIB.
Por sua vez, os investimentos estrangeiros em carteira - considerados mais voláteis que o IED - apresentaram entradas líquidas de US$ 1,4 bilhão em março, dos quais US$ 131 milhões em ações e US$ 1,3 bilhão em títulos de renda fixa.
Neste ano, a projeção do BC é que o IED acumule US$ 50 bilhões, uma desaceleração frente ao recorde de US$ 66,7 bilhões registrado em 2011.

Fonte: Brasil Econômico

domingo, 22 de abril de 2012

Uma nova realidade de florestas plantadas

No Extremo Sul da Bahia, o Programa Produtor Florestal (PPF) da Veracel Celulose S.A., pode ser considerado um exemplo de parceria entre produtores rurais e empresa privada que tem dado certo.

Esta pareceria para incentivar a produção de eucalipto como uma alternativa a mais de geração de renda possibilitou a um grupo de produtores rurais da região, a conquista de um feito até então inédito no Brasil: a primeira dupla Certificação em Manejo Florestal, para um grupo de 16 propriedades de florestas plantadas.

Criado com o objetivo de suprir a demanda de matéria-prima para a produção de celulose, o Programa Produtor Florestal (PPF) tem se destacado como alternativa na diversificação de culturas por parte dos proprietários rurais, sendo mais uma fonte de renda.

A parceria produtores florestais e Veracel Celulose tem dado certo e a conquista da dupla certificação reforça que, assim como a empresa, os produtores florestais também se preocupam com a sustentabilidade de sua produção. As certificações comprovam que a diversificação da cultura com o plantio de eucalipto em suas propriedades, além de ser uma alternativa economicamente viável, pode ser também ambientalmente correta e socialmente justa.

A Certificação FSC® evidencia a conformidade destas ações, consolidando as operações do Programa nas melhores práticas de manejo florestal com parâmetros internacionais.

Já a certificação Florestal Cerflor, garantiu não só o mercado internacional, mas provou que um negócio lucrativo também pode ser ambientalmente correto e socialmente justo.

De acordo com o gerente de compras de terras da Veracel, Wellington Rezende, o PPF surgiu não só como uma excelente oportunidade de suprir a necessidade de madeira para a produção da fábrica, mas também como uma importante alternativa à geração de renda para a região. “Com o Programa Produtor Florestal, a Veracel ao invés de comprar terras, ela incentiva o plantio, possibilitando uma maior geração de renda para a região, uma melhoria na situação social das comunidades e funcionários de propriedades e ainda, promove a preservação do meio ambiente”, analisa Rezende.

O processo de busca pela certificação criou uma nova perspectiva para a região, promovendo mudanças que beneficiaram produtores, funcionários e o meio ambiente. A melhoria nas condições de moradia, saúde e educação dos trabalhadores das propriedades foram bastante significativas. Todas as casas das propriedades passaram a ter água potável e banheiro com condições boas de higiene. O reforço no cumprimento das legislações aplicáveis e utilização Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para as sua atividade, passaram a ser realidade nas propriedades.

“Nossas casas foram reformadas, todo o lixo é separado de acordo com o material de que ele é feito, estamos utilizando EPI todo certinho. As mudanças foram muito aparentes. A gente aqui é como uma família”, conta o trabalhador rural Miguel da Silveira Costa, que há 15 anos trabalha na fazenda Serra da Jandaia/Amizade. As mudanças contemplaram não só as questões sociais, mas a consciência ambiental também foi reforçada para todos os integrantes do processo. Como parte das destas ações ambientais, alguns produtores florestais realizaram o plantio intensivo de mudas nativas.

“Sou a única mulher a estar participando deste programa de plantio intensivo e não sei se vou chegar a ver essas mudas crescidas, mas com certeza essa é uma as formas de garantir que os filhos do meu sobrinho irão conhecer tantas árvores da Mata Atlântica na nossa propriedade. Fiz questão de plantar a primeira muda. Foi um Ipê Roxo (tabebuia impetiginosa)”, destacou a produtora rural, Aldir Grillo, da Fazenda Sossego, em Porto Seguro, que ampliou seu projeto de recuperação de mata nativa, se aliando a uma estratégia do Instituto BioAtlântica e de instituições parceiras para o estabelecimento de um corredor ecológico para conexão dos Parques Nacionais Pau-Brasil e Monte Pascoal.

E foi esta experiência desta produtora florestal da Veracel que atraiu a atenção de mais de 30 especialistas de diversos países – Finlândia, África do Sul, Inglaterra, Portugal, França, Estados Unidos, Malásia, Indonésia, Chile, Uruguai, entre outros – em março, em uma visita de campo para conhecer práticas florestais sustentáveis. A ocasião foi o encontro anual do projeto New Generation Plantations (NGP – Nova Geração de Plantios), desenvolvido pelo WWF internacional e trazido ao país pelo WWF-Brasil. A reunião no Brasil para discutir como as plantações florestais podem contribuir para a manutenção dos serviços dos ecossistemas e ao mesmo tempo prover recursos para atender o consumo de uma população cada vez mais crescente no mundo criou a oportunidade.

Após todo o processo de transformações sociais, econômicas e ambientais, de certificação e de aquisição dos selos certificadores, a 1ª primeira árvore do Programa Produtor Florestal da Veracel (PPF) foi cortada. Com 8,5 anos de idade de plantio, a árvore do talhão 16, clone 245, da Fazenda da Genebra/Santa Rosa (PF001), em Belmonte/BA, media 38,5 metros de altura total, 90 cm de circunferência e 28,6 cm de DAP (Diâmetro à Altura do Peito). O primeiro plantio desta propriedade foi realizado no dia 03 de junho de 2003. “Optamos pelo plantio de eucalipto porque era a melhor alternativa na época. Espero que os próximos plantios continuem superando as nossas expectativas”, disse Helder Elias, proprietário da área.

Com o inicio dos cortes das árvores de eucaliptos certificados, o primeiro carregamento de madeira de eucalipto foi entregue à fábrica da Veracel, no dia 24/02. Seguindo o processo de produção de celulose, na manhã do dia 27/02, foi então produzido o primeiro fardo de celulose obtido a partir desta carga de madeira. Suscitando mais um marco histórico para a empresa.

“A colheita e a entrada da madeira 100% certificada na fábrica é a confirmação de tudo que planejamos com a implantação do PPF em 2003. Esse é o resultado da parceria Veracel/Produtores Florestais”, afirmou o diretor florestal, Sérgio Borenstain.

Produtores Florestais e Veracel compartilham conhecimento com as comunidades

A Associação de Produtores de Eucalipto do Extremo Sul (ASPEX) é uma das parcerias já firmadas para a realização da primeira edição do Programa Ação e Cidadania. “Nosso objetivo é participar de ações que beneficiem a comunidade como um todo, não apenas as famílias que vivem nas fazendas de produtores associados a Aspex”, disse Gleison Araújo, presidente da ASPEX.

A entidade e a Veracel levarão até a comunidades próximas às operações florestais palestras e atividades com informações nas áreas de saúde, segurança no trânsito, educação alimentar, entre outros. “Estamos identificando outros assuntos de interesse das comunidades”, explicou a especialista em Responsabilidade Social da Veracel, Izabel Bianchi.

Além de cumprir as condicionantes de seu licenciamento ambiental de operacão, a Veracel Celulose tem buscado parceiros para compartilhar conhecimento nas comunidades onde atua.

Desta forma, também se estabelece a oportunidade de fortalecer o canal direto de comunicação entre a empresa, os produtores florestais e seus vizinhos.

A primeira comunidade a receber a programação é a comunidade de Santa Rita, no município de Itabela.

Fonte: APRE / Painel Florestal

Deflação no Japão é resultado de falta de plano fiscal

Por Nalu Fernandes
O presidente do Banco do Japão (BoJ), Masaaki Shirakawa, disse que a ausência de um plano "concreto" de reforma fiscal no país é uma das razões para a prolongada deflação, rebatendo afirmações de alguns políticos japoneses de que a política monetária do BoJ é responsável pela tendência de preços declinantes.
A avaliação de Shirakawa sobre o plano de reforma fiscal do governo está em linha com a visão do mercado, mas seus comentários, feitos no sábado, antes da reunião de política monetária do BoJ, na próxima sexta-feira, rebatem pressão contínua do governo para que mais seja feito para lidar com a deflação e enfraquecer o iene.
Ao participar de um debate sobre dívida pública, Shirakawa afirmou que os enormes passivos públicos ainda vão pressionar os juros, diante da expectativa dos "participantes do mercado de que a solidez fiscal será restaurada por meio de reformas estruturais (fiscal e econômica)".
Mas estas "expectativas não são amparadas, de forma firme, por planos concretos de reformas", ele disse. "O público, então, limita os gastos diante de temores sobre as ocorrências fiscais. E isso representa um fator por trás do crescimento econômico letárgico e deflação moderada".
Diversos economistas consideram o atual plano de reforma do governo insuficiente. Políticos têm argumentado que o BoJ deveria comprar mais dívida do governo para injetar dinheiro na economia.
No entanto, Shirakawa tem advertido quanto aos riscos de o BoJ financiar diretamente mais dívida do governo. "Se o governo continuar com déficits fiscais, pode surgir a possibilidade segundo a qual o banco central é forçado a fornecer uma quantia ilimitada de liquidez", citou. "Historicamente a consequência da oferta de recursos em larga escala é inflação descontrolada". "É muito perigoso", acrescentou, "para o banco central atuar como um financiador de última instância para o governo". As informações são da Dow Jones.

Fonte: IstoÉ Dinheiro / Agência Estado