Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Setor público tem superávit primário de R$ 30,3 bilhões


O resultado positivo de janeiro ocorre após um superávit primário de R$ 22,3 bilhões em dezembro.

O setor público registrou superávit primário de R$ 30,3 bilhões em janeiro, ante superávit primário de R$ 22,3 bilhões no último mês de 2012, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27/2) pelo Banco Central (BC).

No acumulado dos últimos 12 meses, o superávit primário alcançou R$ 109,2 bilhões (2,46% do PIB), contra R$ 105 bilhões (2,38% do PIB) reportados em 2012.

Em janeiro, o Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) teve superávit de R$ 26,1 bilhões, enquanto os governos regionais registraram saldo positivo primário de R$ 4,2 bilhões. Por outro lado, as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 49 milhões.

O resultado nominal, que inclui o pagamento dos encargos da dívida, foi superavitário em R$ 7,6 bilhões em janeiro. Em doze meses, o déficit nominal atingiu R$ 107,7 bilhões.

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 22,6 bilhões em janeiro, comparativamente a R$ 19,1 bilhões em dezembro. No acumulado de 12 meses encerrado em janeiro, os juros nominais atingiram R$ 216,9 bilhões, que corresponde a 4,88% do Produto Interno Bruto (PIB).

A dívida líquida do setor público totalizou R$ 1,563 trilhão (35,2% do PIB) em janeiro, sinalizando pouca variação em relação ao valor registrado em novembro (R$ 1,550 trilhão).

Fonte: Brasil Econômico

Mercados ensaiam retomada, mas Ibovespa exibe cautela


Aqui no Brasil, após ganhar fôlego na sessão anterior, o Ibovespa futuro sinaliza mais um pregão em baixa e cai 0,40%.

Apesar das incertezas em relação às eleições na Itália e com os temores de que a crise da dívida da Europa parece estar de volta, as principais bolsas mundiais se recuperam das perdas.

Aqui no Brasil, após ganhar fôlego na sessão anterior, o Ibovespa futuro sinaliza mais um pregão em baixa e cai 0,40%.

Nesta quarta-feira (27/2), as bolsas europeias se recuperam das últimas derrocadas. Indicadores positivos na região colaboram para a leve retomada.

A confiança na economia da Zona do Euro subiu para 91,1 pontos em fevereiro, ante 89,5 pontos em janeiro. No mesmo sentido, a confiança da indústria e do setor de serviços também melhorou.

Neste contexto, o CAC 40, de Paris, subia 0,63%, o Dax, da Alemanha, crescia 0,20% e o FTSE 100, de Londres, avançava 0,25%.

Nos Estados Unidos, os índices futuros de Wall Street operam perto da estabilidade, aguardando números da agenda econômica do país e de mais um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke.

Ontem, o presidente acalmou os mercados ao dizer que continuará com seu programa de compra de bônus que, segundo ele, estão ajudando na retomada da economia.

Em meio a isto, o Dow Jones tem acréscimo de 0,12%, o S&P valoriza 0,11% e o Nasdaq cresce 0,06%.

Entre os indicadores mais aguardados, o número de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos pode movimentar o pregão.

Internamente, o principal índice da Bolsa brasileira pode se beneficiar com a leve retomada dos mercados mundiais. Além disso, A cervejaria Ambev anunciou lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre de 2012, alta de 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 3 bilhões.

No ano de 2012, o lucro líquido avançou 21,6%, totalizando R$ 10,5 bilhões, contra R$ 8,6 bilhões em 2011. O resultado acima das expectativas pode beneficiar o papel da companhia.

Por outro lado, os investidores esperam cautelosos os resultados da Vale, que serão anunciados após o fechamento do pregão de hoje.

Fonte: Brasil Econômico

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Condições para queda da inadimplência continuam favoráveis, avalia BC


Brasília – As condições para que haja queda nas taxas de inadimplência continuam favoráveis, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Essa avaliação de que haverá queda da inadimplência é feita pelo BC desde o ano passado.

Para Maciel, a expectativa se baseia na capacidade dos tomadores de crédito de honrar compromissos, com aumento de salários e a redução nas taxas de desemprego. Maciel citou ainda que a influência da taxa básica de juros, a Selic, no menor patamar histórico (7,25% ao ano), “ainda se fará sentir”.

De acordo com os dados do BC, a taxa de inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) ficou estável em 3,7%, em janeiro. Para pessoas físicas, houve leve queda em relação a dezembro, de 0,1 ponto percentual, para 5,5%. No caso das empresas, a taxa ficou estável em 2,2%. A taxa de inadimplência corresponde ao percentual de operações com atraso superior a 90 dias em relação ao saldo total.

Enquanto a inadimplência ficou estável, as taxas de juros subiram, em janeiro, depois de dez meses seguidos de redução na taxa. A taxa média de juros do crédito total do sistema financeiro subiu 0,5 ponto percentual, para 18,5% ao ano. Na avaliação de Maciel, esse aumento “não foi nada tão expressivo”. “A gente precisa aguardar mais dados para delinear o comportamento das taxas de juros ao longo deste ano”, disse. Segundo Maciel, após observar um período de tempo mais longo, será possível analisar se foi interrompida a tendência ou se a taxa vai oscilar em torno de um novo patamar.

Em janeiro, na comparação com dezembro, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro ficou estável em R$ 2,367 trilhões. De acordo com Maciel, janeiro é um mês em que normalmente há redução do saldo e das concessões de crédito. No mês, em relação a dezembro, há menor procura do comércio, principalmente, e da indústria na busca por novos empréstimos. “A expectativa é que o crédito volte a crescer em fevereiro”, disse.

Fonte: Agência Brasil

Superávit primário do Governo Central alcança recorde para os meses de janeiro


Brasília - O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou em janeiro o melhor superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública - da série histórica para o mês, com R$ 26,146 bilhões. Em janeiro do ano passado, o superávit primário foi R$ 20,815 bilhões, diferença de, aproximadamente, R$ 5,3 bilhões. O resultado representa 24% da meta para o Governo Central em 2013, de R$ 108 bilhões.

"É um resultado muito expressivo. Além de ser o maior janeiro da história, é o segundo maior primário da história. Só é menor do que o primário de dezembro do ano passado [R$ 28,3 bilhões]”, comemorou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

De acordo com os números do Tesouro Nacional divulgados hoje (26), o resultado de janeiro reflete o aumento de R$ 8,5 bilhões no superávit do Tesouro Nacional, e de R$ 22,7 milhões no superávit do Banco Central (BC), com um aumento de R$ 3,2 bilhões no déficit da Previdência Social.

O Tesouro informou ainda que as receitas do Governo Central apresentaram crescimento de R$ 14,9 bilhões (14,5%), ante janeiro de 2012. A explicação do governo é o aumento, principalmente, na arrecadação de impostos, com destaque para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), de contribuições (Cofins e CSLL) e das receitas diretamente arrecadadas. Por outro lado, os números indicam redução de R$ 414,9 milhões na arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

As transferências a estados e municípios continuaram estáveis, em janeiro, no valor de R$ 15,6 bilhões ante janeiro de 2012. As despesas do Governo Central, na mesma comparação, cresceram R$ 9,6 bilhões (14,5%), com destaque para o crescimento nas despesas da Previdência Social, que tiveram um acréscimo de R$ 5 bilhões (22%) e de R$ 4,3 bilhões (16,2%) nas despesas de custeio e capital.

Definido como economia para pagar os juros da dívida pública, o superávit primário está sujeito a metas desde o fim da década de 1990. O esforço fiscal permite ao governo reduzir o endividamento no médio e longo prazo.

Fonte: Agência Brasil

'Empate' em eleições na Itália causa apreensão na Europa


As eleições parlamentares na Itália terminaram em um 'empate' entre a centro-esquerda e a centro-direita, derrubando mercados e mergulhando a Europa e a zona do euro em uma nova onda de incertezas.
O bloco de centro-esquerda liderado por Pierluigi Bersani ganhou a Câmara dos Deputados, mas não obteve maioria no Senado. A frente de centro-direita liderada pelo ex-premiê Silvio Berlusconi obteve mais votos no Senado do que qualquer outra agremiação política.

O controle de ambas as Casas é necessário para governar o país.
O resultado da eleição, que ocorre em meio a uma das piores recessões enfrentadas pela Itália e em meio a um rigoroso pacote de medidas de austeridade fiscal, foi tão apertada que a margem de vitória anunciada pelo Ministério do Interior foi menor do que 1% para ambas as casas do Parlamento.
Lideranças europeias, que acompanhava atentamente o pleito que poderia definir os rumos da terceira maior economia da zona do euro, reagiram com preocupação.
França e Alemanha pediram que a Itália mantenha o curso de reformas e austeridade.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse estar "extremamente preocupado" com as consequências financeiras do pacote de medidas de austeridade fiscal para o país mediterrâneo.
"Trata-se de um pulo no abismo que não é bom nem para a Itália ou para a Europa", afirmou , segundo a agência de notícias Reuters.
Ao redor do mundo, os principais índices do mercado financeiro apontavam queda tão logo os resultados das eleições ficavam mais claros.

Comédia
O desempenho mais surpreendente da eleição foi de uma chapa antiausteridade liderada pelo comediante Beppe Grillo, o Movimento de Cinco Estrelas, que obteve 25,54% dos votos, consagrando-se como a terceira força da Câmara dos Deputados.
Correspondentes afirmaram se tratar de um êxito extraordinário para esse humorista genovês, cujos comícios ao redor do país durante o período eleitoral, despejando insultos contra uma desacreditada classe política - refletiram-se em um excelente desempenho nas duas Casas.
"Nós começamos uma guerra de gerações", disse Grillo.
"Eles são todos perdedores; eles vêm governando este país nos últimos 25 a 30 anos e nos levaram à catástrofe."
Enquanto isso, o bloco coordenado pelo atual premiê, Mario Monti, obteve uma longínqua quarta colocação, com 10% dos votos.
"Todo mundo sabe que hoje o país terá de enfrentar uma situação muito delicada", disse o líder de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, enquanto os últimos votos eram apurados.
Já o ex-premiê Berlusconi admitiu a derrota para seus opositores na Câmara. Ele disse, entretanto, que será preciso refletir sobre o futuro da Itália a partir de agora, mas descartou a convocação de novas eleições.
Berlusconi acrescentou que não tentará costurar um acordo com o bloco centrista de Monti, e justificou sua decisão ao dizer que o mau resultado do partido do atual primeiro-ministro italiano revela o descontentamento da população com suas medidas de austeridade fiscal.
Com a apuração de todos os votos, o Ministério do Interior informou que o bloco de centro-esquerda de Bersani obteve 29.54% dos votos na Câmara dos Deputados, pouco acima dos 29,18% alcançados pela coalizão de Berlusconi.
Com o resultado, o bloco vencedor deverá ter 340 cadeiras na casa, o que lhe garante maioria.
Os votos de eleitores fora da Itália ainda não foram apurados.
Bersani, do bloco de centro-esquerda, também obteve o maior número de votos para o Senado, mas não conseguiu obter as 158 cadeiras necessárias para assegurar maioria absoluta.
Além disso, à medida que assentos adicionais sejam distribuídos com base nos votos regionais, o bloco de centro-direita de Berlusconi deve obter um maior número de cadeiras no Senado.
Em novembro de 2011, o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi, atualmente com 76 anos, deixou o cargo após acusações de mau gerenciamento da economia em meio à dificuldade de a Itália conter sua crise da dívida.
Berlusconi foi sucedido por Mario Monti, que liderou um gabinete de tecnocratas, que supervisionaram a implementação de cortes de gastos públicos, medidas impopulares que acabaram impondo sua derrota nas urnas.
"Alguns supuseram que nós conseguiríamos um resultado um pouco melhor, mas estamos satisfeitos com que alcançamos", disse ele.

ENTENDA AS ELEIÇÕES NA ITÁLIA

O que está em jogo?

O resultado das eleições será observado de perto na Europa e no resto do mundo. Os italianos enfrentam escolhas difíceis. O país está imerso em uma recessão profunda, com níveis recordes de desemprego – especialmente entre os jovens.
Os prospectos de instabilidade política logo após as eleições também podem ser devastadores. Se um impasse político for criado e for comprovado que os eleitores rejeitaram nas urnas as medidas de austeridade e reformas elaboradas para conter a crise, os mercados poderiam se assustar e a crise da zona do euro poderia entrar em uma nova fase, com a Itália como protagonista.
Durante a campanha, Berlusconi atacou as medidas de austeridade de Mario Monti e prometeu amplas reduções de impostos caso retornasse ao poder. Seu rival, Pier Luigi Bersani, da coalizão liderada pelo PD, disse que caso seja eleito dará prosseguimento às reformas e à disciplina fiscal implementadas por Monti, mas fará mais pelo crescimento econômico e pela geração de empregos no país.

Quais são os resultados mais prováveis?

A coalizão de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani tem liderado as pesquisas de opinião para a Câmara dos Deputados, com uma vantagem de até 10% frente aos rivais, mas Berlusconi conseguiu diminuir essa liderança em cinco pontos percentuais durante a campanha, graças a uma incansável rodada de aparições em programas de TV e rádio.
Uma grande parcela do eleitorado permanece indecisa, o que pode levar a um impasse.
Enquanto uma vitória na Câmara dos Deputados pode colocar Bersani na posição de formar um governo, nenhuma coalizão tem condições de liderar o país de forma efetiva sem o controle também do Senado, e como os assentos dos senadores são decididos de forma regional, é ali que a verdadeira disputa deve ocorrer, dizem analistas.
Berlusconi e seus aliados esperam conquistar assentos suficientes no Senado para dificultar, senão impossibilitar, a formação de um governo liderado por Bersani. E as últimas pesquisas mostraram uma disputa acirrada na câmara alta, sobretudo em regiões como Lombardia e Sicília.
Entretanto, há especulações de que, no caso de um impasse, a coalizão de centro liderada por Mario Monti poderia acabar apoiando a coalizão de centro-esquerda de Bersani, neutralizando assim as ameaças de Berlusconi e seus aliados. Neste cenário, Monti poderia vir a ter um papel de destaque no governo de Bersani.
O Movimento Cinco Estrelas está se beneficiando de uma grande onda de protestos populares e descontentamento dos italianos, e deve sair-se bem nas urnas, mas seu líder Beppe Grillo descartou fazer quaisquer alianças com outros partidos. Ele tem tecido duras críticas aos políticos do país, chamando-os de "zumbis" que precisam ser substituídos por candidatos mais jovens, livres de acusações de corrupção e sem envolvimento em escândalos.

Fonte: BBC Brasil



Brasil sem bloco: falta empenho nos acordos comerciais


No momento em que dezenas de chefes de Estado da União Europeia e da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) se reuniam em Santiago em janeiro último, também voltavam os olhos para a capital chilena os estrategistas de Washington.

Dali a poucas semanas o Presidente Barack Obama revelaria, em seu discurso ‘State of the Union', que os EUA e a Europa estão em conversações para constituírem uma área de livre comércio até 2015.

Para os EUA, interessa a consolidação da UE como bloco. Washington atribui grande importância à manutenção da configuração comunitária - incluindo o Reino Unido. 

Um eventual desmantelamento precipitado pela crise de dívidas soberanas nos países na franja mediterrânea como Grécia e Portugal atrapalha seus objetivos geoestratégicos, sobretudo neste instante em que sua economia parece recuperar-se e a área de livre comércio em que estão inseridos, a NAFTA, é dos poucos arranjos regionais que opera sem problemas. 

Os EUA acompanham de perto a movimentação da América Latina como "Comunidade", já que seus membros encontram-se em diferentes velocidades - Colômbia, Peru, Chile e México decolam e se reorganizam em nova área de livre comércio entre si, com diálogo aberto com os EUA. Argentina, Brasil e Venezuela se isolam e patinam.

O Brasil tem dedicado pouco empenho a acordos comerciais bilaterais, e na geometria bloco-a-bloco, é igualmente difícil ressuscitar o diálogo concreto UE-Mercosul. 

De um lado, temos a União Europeia ainda atolada em sua própria areia movediça fiscal e o crescimento estagnado. De outro, hoje o Mercosul está mais mais para um "clube de empatias ideológicas" do que um bloco que se movimenta de acordo com objetivos pragmáticos de comércio e investimento. 

É claro também que no comércio agrícola, onde os europeus continuam campeões mundiais de protecionismo, mais acesso a mercados seria bem-vindo. No entanto, com a voracidade da demanda chinesa por exportações latino-americanas de commodities agrícolas e minerais, este tema não tem a mesma premência de 10 anos atrás.

Hoje, num nível mais amplo há uma "deseuropeização" dos focos prioritários da América Latina. A boa saúde recente dos fundamentos econômicos latino-americanos e o magnetismo exercido pela China têm contribuído a essa fase mais deseuropeizada. 

Da ótica específica do Brasil, temos a maior economia da região, mas isso não se deve por sermos um paradigma de competitividade. Praticamos elevadas barreiras tarifárias a importações, fortalecimento das megacorporações de economia mista que atuam em commodities agrícolas e minerais, política industrial defensiva. 

Temos recebido fluxos volumosos de IEDs sobretudo porque o mercado brasileiro, bastante protegido, acena a empresas globais com margens de retorno muito superiores à média dos mercados da OCDE. 

Se o Brasil flexibilizasse suas exigências de conteúdo local, sobretudo em áreas relacionadas a infraestrutura, transportes e logística, inauguraria uma fase "qualitativamente nova" como destino de investimentos europeus - e esta poderia ser a plataforma para um novo diálogo comercial com Europa e também EUA.

Fonte: Brasil Econômico

Itália ainda preocupa, e dólar opera na casa de R$ 1,98


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa mantém movimento de diluição dos prêmios já verificado no pregão passado.

O dólar voltou a abrir os negócios em alta nesta terça-feira (26/2), após a valorização de 0,30% na sessão passada, ambos os movimentos em sintonia com a forte queda dos índices acionários das principais Bolsas europeias, reflexo das eleições na Itália, principalmente por conta das chances de Silvio Berlusconi retomar o poder.

A moeda americana chegou a bater em R$ 1,983 nesta manhã, quando subiu 0,30%, mas a trajetória de alta amainou após a abertura positiva do mercado americano, em virtude dos bons dados econômicos divulgados na região.

No entanto, algum tempo depois da abertura do mercado dos Estados Unidos, o dólar voltou a fortalecer os ganhos ante o real, e instantes atrás avançava 0,40%, e era negociado na máxima do dia, em R$ 1,985 para venda.

Os pares internacionais do real também seguem com perdas significativas ante a divisa americana - o peso mexicano perdia 0,56%, o rublo russo cedia 0,51%, e o dólar australiano, 0,36%.

Não devemos, no entanto, ver valorizações consistentes do dólar, por conta da intenção do governo de não permitir um dólar muito mais valorizado do que no atual patamar, para não interferir nos índices de preços mais à frente.

"Após esse estresse por causa da Itália, o dólar deve voltar um pouco, e ficar na faixa dos R$ 1,96, R$ 1,95", diz Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora.

Juros

O movimento de fechamento da curva de juros futuros da BM&FBovespa, que prevaleceu na segunda parte do pregão de ontem, após as declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação irá arrefecer no segundo semestre, prossegue nesta terça.

Mais negociado, com giro de R$ 39,374 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 caía de 7,82% para 7,79%, enquanto o para janeiro de 2015 recuava de 8,46% para 8,42%, com volume de R$ 20,307 bilhões.

As apostas dos operadores ainda preveem uma elevação da taxa Selic em algum momento do segundo semestre de 2013.

Os dados do mercado de trabalho apontaram alta da taxa de desemprego.

Ainda que já esperado pelos analistas, um desaquecimento no quadro laboral brasileiro também favorece uma diluição dos prêmios embutidos na curva, uma vez que, se o desemprego seguir em alta, perde força a aposta por um aperto monetário.

Fonte: Brasil Econômico