Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

IPC-S acelera alta a 0,99% em janeiro ante dezembro--FGV

SÃO PAULO, 3 Fev (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,99 por cento em janeiro, depois de encerrar dezembro com avanço de 0,69 por cento, informou Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

Na terceira quadrissemana de janeiro, o indicador havia registrado alta de 0,93 por cento.

Na comparação com a terceira quadrissemana do mês, o destaque ficou para o grupo Educação, Leitura e Recreação, com alta de 4,47 por cento ante 3,16 por cento na apuração anterior.

Nesta classe de despesa, a FGV destacou o item cursos formais, cuja taxa passou para 9,07 por cento, ante 6,62 por cento.

As expectativas voltam-se agora para a divulgação na sexta-feira dos dados de janeiro do IPCA, depois da forte alta do índice no ano passado ter levado o Banco Central a manter o ritmo de aperto monetário e elevar a Selic no início de 2014 em 0,5 ponto percentual, para 10,5 por cento.

Fonte: Reuters Brasil

América Latina passa a ser uma ameaça para o lucro de multinacionais

Nos últimos anos, a América Latina chegou às vezes a rivalizar com a Ásia como uma fonte poderosa de lucro para muitas empresas globais. Agora, uma turbulência financeira em algumas partes da região está gerando nervosismo entre os investidores e forçando executivos a explicar como eles planejam enfrentar os riscos crescentes nesses mercados.

O Brasil tem sido um dos mercados de crescimento mais rápido para a fabricante de eletrodomésticos Electrolux ELUX-B.SK -0.43%  AB. Mas a empresa sueca informou, na sexta-feira, que a desaceleração da economia brasileira e a fraqueza do real prejudicou seu lucro no quarto trimestre. "Prevemos menor demanda no Brasil nos próximos trimestres", acrescentou a Electrolux.

Durante uma teleconferência com analistas na quinta-feira, a 3M Co. MMM +0.11% dedicou mais tempo a explicar sua situação na Venezuela que na China, embora o volume de vendas da 3M no mercado chinês seja cerca de 20 vezes maior que no venezuelano.

"Os investidores estão definitivamente ficando nervosos" em relação à região, diz Robert Wertheimer, analista da Vertical Research Partners.

As empresas devem evitar depender dos lucros de filiais latino-americanas para pagar seus empréstimos em dólar, diz Michael Feder, diretor-gerente da firma de consultoria AlixPartners LLP. Se as moedas latino-americanas continuarem a enfraquecer, ficará mais caro pagar esses empréstimos.
"Não há uma política de hedge que as pessoas possam usar para compensar o risco significativo de inflação ou o risco de desvalorização cambial", diz Feder. O conselho dele para as multinacionais: "Concentre-se em tornar essas operações autossuficientes tanto quanto possível."

Mas o cenário na América Latina não é uniformemente sombrio e as empresas globais ainda tendem a considerar vários países da região como boas fontes de crescimento no longo prazo.

A economia brasileira está crescendo lentamente, amortecida pelos juros altos e a inflação, enquanto Venezuela e Argentina lutam para controlar uma inflação galopante e um desabamento de suas moedas. Mas México, Chile, Peru e Colômbia estão tendo um desempenho relativamente bom.

A IHS Global Insight, empresa de pesquisa econômica, estima que a economia brasileira crescerá só 2,4% em 2014 e que a América Latina registre uma alta este ano de 2,9%, incluindo o México e o Caribe. Isso se compara a uma estimativa de crescimento de 2,7% nos EUA, 1,3% na União Europeia e 8% na China.

A desvalorização das moedas no Brasil, Argentina e Venezuela reduziu o valor das vendas nesses mercados quando convertidas em dólar, e a inflação tornou mais difícil para muitos consumidores gastarem além do estritamente necessário. Os pesados gastos do governo da Argentina e uma política monetária frouxa têm alimentado a inflação, que supera 25% ao ano. Na Venezuela, ela está acima de 50% ao ano.

A situação do Brasil é melhor, mas a inflação subiu 5,9% no ano passado, corroendo o poder de compra dos consumidores e pressionando o banco central a manter a taxa de juros alta.

A CNH Industrial CNHI -1.13%  NV, segunda maior fabricante mundial de máquinas agrícolas, atrás da Deere DE -0.72%  & Co., divulgou na semana passada que os movimentos desfavoráveis do câmbio transformaram o que poderia ser um aumento de 4,2% na receita do quarto trimestre em queda de 1% em relação a um ano antes, para US$ 9,34 bilhões. O Brasil é um importante mercado para a CNH. "Tivemos um desempenho muito bom na América Latina", diz o diretor-presidente da empresa, Richard Tobin. "Infelizmente, estamos perdendo parte dele com o câmbio."

O desempenho na América Latina contribuiu para que o crescimento das vendas da 3M no quarto trimestre ficasse abaixo da estimativa de Wall Street. David Meline, diretor financeiro do conglomerado, cujos produtos vão de fitas adesivas a itens para reparo de veículos, disse a analistas que as vendas na Venezuela caíram em 2013 e que a 3M está tentando minimizar sua exposição ao câmbio no país latino-americano. A 3M obtém "pouco menos" de US$ 200 milhões de receita anual na Venezuela e um valor similar na Argentina, disse ele. Suas vendas globais em 2013 somaram US$ 7,57 bilhões.

Para a fabricante americana de eletrodomésticos Whirlpool Corp. WHR +0.82%  , a América Latina, especialmente o Brasil, representa mais de 25% das vendas. Em dólar, suas vendas na América Latina caíram 0,5% em 2013 e a empresa prevê que toda a indústria de eletrodomésticos na região ficará estagnada este ano.

O diretor-presidente da Whirlpool, Jeff Fettig, disse em entrevista ao The Wall Street Journal que a desaceleração no Brasil era inevitável depois de anos de fortes gastos da classe média em expansão. "A inflação está reduzindo a demanda até certo ponto, mas ela não muda os fundamentos do mercado."

A Procter & Gamble Co. PG -0.33%  afirmou em teleconferência sobre seus resultados trimestrais que está conseguindo lidar com os controles de preços na Venezuela e que eles não afetam todos os seus produtos. A empresa informou que está em contato com autoridades governamentais sobre rever regularmente os controles. "Eles entendem a necessidade de que algum nível de preço permaneça viável tanto para os concorrentes internacionais quanto os locais", disse o diretor financeiro, Jon Moeller.

A Colgate-Palmolive Co. CL -0.42%  informou que, para ela, o quarto trimestre foi o mais forte do ano em vendas na América Latina, excluindo os efeitos do câmbio, tendo registrado uma alta de 13%. A empresa afirmou que ganhou participação de mercado nos segmentos de creme dental e escovas de dente, mas que tem de aguardar aprovação do governo para aumentar os preços na Venezuela. "Conseguimos o que podemos quando podemos", disse o diretor-presidente da Colgate, Ian Cook, na quinta-feira.

Fonte: The Wall Street Journal

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Poupança cresce com desinformação e resultado ruim de investimentos

Decepção dos investidores que compraram produtos errados e em momentos de instabilidade contribui para que a escolha pela poupança seja a mais pedida.

Mesmo rendendo apenas 0,46 ponto percentual a mais que a inflação em 2013, a poupança registrou um ano recorde de arrecadação. A captação líquida foi 43% maior que do ano anterior e, segundo especialistas em investimentos, aconteceu principalmente por dois motivos: desempenho ruim de outras aplicações e má informação por parte do brasileiro.

Em relação à primeira explicação, os especialistas têm razão: o Ibovespa caiu 15,5% ano passado, enquanto o índice que captura a variação média dos títulos públicos recuou 1,42% em 2013. Para o coordenador do laboratório de finanças do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), Michel Viriato, a decepção dos investidores que compraram produtos errados e em momentos de instabilidade contribui para que a escolha pela poupança seja a mais pedida.

Viriato também crê que a desinformação sobre outras formas de investir pode ser elencada como fator decisivo para o sucesso da caderneta e a continuidade das apostas na modalidade.

Já o diretor-executivo de estudos econômicos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, acredita que o fenômeno de captação da caderneta pode ser explicado pelo atual ambiente de incerteza na economia.

“Com baixo crescimento e alta na inflação, as pessoas ficaram mais conservadoras, evitando assumir novas dívidas e, finalmente, guardando mais dinheiro”, afirma. Ele conta que há pelo menos três anos o cenário era diferente, não havia preocupação ou o hábito de poupar.

Alternativas
Para quem procura outras alternativas com garantias semelhantes às da poupança, Viriato cita produtos como as LCI (Letras de Crédito Imobiliário), os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e os fundos DI (atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário).

Já o economista da FIA (Fundação Instituto de Administração) Ricardo Humberto Rocha inclui as notas do Tesouro Série B. Mas para aqueles que querem apenas criar uma reserva de emergência, Rocha recomenda a criação de quatro contas de poupança diferentes, assim o investidor pode resgatar o dinheiro, caso necessário, em quatro datas de aniversário diferentes, sem perder rentabilidade.

Simulação de rendimento de R$ 10 mil em 12 meses com Selic de 10,50% ao ano (Fonte: Anefac)
MODALIDADEREMUNERAÇÃOLUCROTOTAL AO FINAL DO PERÍODO
Poupança antiga     7,31% R$ 731,00 R$ 10.731,00
Poupança nova      7,31% R$ 731,00   R$ 10.731,00
Fundo com taxa de 0,50% 7,96%   R$ 796,00  R$ 10.796,00
Fundo com taxa de 1,00%7,44%  R$ 744,00   R$ 10.744,00
Fundo com taxa de 1,50% 7,06%R$ 706,00R$ 10.706,00
Fundo com taxa de 2,00%6,55% R$ 655,00 R$ 10.655,00
Fonte: Terra Economia

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Dólar sobe 2,33% ante o real em janeiro, 4º mês seguido de valorização

O dólar fechou com leve queda ante o real nesta sexta-feira, encerrando janeiro com valorização pelo quarto mês consecutivo com o ambiente de maior aversão ao risco sobre mercados emergentes.

Segundo analistas, no entanto, já não há tanto espaço para o dólar continuar subindo muito em relação ao real no curto prazo, o que diminui a expectativa de que o Banco Central brasileiro intensifique suas intervenções no câmbio.

A moeda norte-americana recuou 0,10 por cento, a 2,4124 reais na venda, acumulando em janeiro alta de 2,33 por cento, quarto mês consecutivo de ganhos. Neste período, a valorização foi de 8,85 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em 1,2 bilhão de dólares no dia.

"Já dá para perceber que o dólar não está numa escalada contra o real. Podemos ver volatilidade, mas não espero muito mais alta", afirmou o economista-chefe do banco J. Safra e ex-secretário do Tesouro, Carlos Kawall.

Ativos de países em desenvolvimento vêm sendo fortemente pressionados desde a semana passada em meio ao mau humor mundial com mercados emergentes, levando o dólar a chegar a encostar em 2,45 reais nesta semana no intradia.

Neste período, o avanço da divisa norte-americana contra o real não foi tão intenso quanto em outros mercados, mas já havia subido bastante nos meses anteriores. Só em janeiro, o dólar subiu cerca de 5 por cento sobre a lira turca e o rand sul-africano.

"Esses níveis de agora (do dólar ante o real), que já incluem tudo que a gente subiu ano passado, parecem adequados", afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, acrescentando que vê o dólar, no máximo, em torno de 2,45 reais.

Neste contexto, acrescentou ele, não há necessidade de que o BC intensifique a intervenção no câmbio.

A autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias nesta sexta-feira vendendo a oferta total de até 4 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes a venda futura de dólares--, distribuídos entre 3 mil com vencimento em 1º de setembro e 1 mil para 1º de dezembro deste ano. A operação teve volume equivalente a 197,6 milhões de dólares.

Além disso, fez leilões de linha para rolagem de até 2,3 bilhões de dólares.

Nesta sessão, a divisa norte-americana chegou a subir de forma mais expressiva ante o real, reagindo à briga pela formação da Ptax de janeiro e ao ambiente global de aversão ao risco que levava investidores a se refugiar no dólar.

Após o fechamento da Ptax, no início da tarde, o dólar reduziu a alta, em linha com o arrefecimento da pressão sobre outros mercados emergentes.

Fonte: Reuters Brasil

Energia de curto prazo bate recorde; térmicas mais caras são acionadas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou o acionamento de termelétricas mais caras para semana que vem e o preço da energia de curto prazo bateu recorde com a expectativa de pouca chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas.

O acionamento térmico indicado para a próxima semana é de 15.566 megawatts (MW) médios, considerando também nucleares, sinalizando inclusive o acionamento de usinas que funcionam a óleo diesel, entre as mais caras.

O preço de energia de curto prazo, chamado de Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), para a próxima semana bateu recorde, chegando ao teto fixado para o ano de 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), divulgou nesta sexta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço representa uma alta de 69,1 por cento em relação ao PLD médio que vigora nesta semana, de 486,59 reais por MWh.

O valor alcançado é o teto fixado para 2014 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regulamenta limites mínimo e máximo anualmente. O custo médio marginal de operação do sistema elétrico passou de 481 reais pro MWh nesta semana para 1.065 reais por MWh na próxima semana no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, e para 863,47 reais por MWh no Norte e Nordeste.

Os reservatórios das hidrelétricas no país estão em níveis baixos especialmente no Sudeste, que abriga as maiores represas e onde o consumo de energia se mantém forte diante de altas temperaturas que elevam o uso de equipamentos de refrigeração.

Em janeiro, a estimativa de energia que podia ser produzida considerando o regime de chuvas, denominada Energia Natural Afluente (ENA) deve fechar no terceiro menor valor do histórico em 84 anos, segundo o ONS, em 30.434 MWmed.

Para a primeira semana de fevereiro, a expectativa segue de chuvas escassas. "A previsão é de que a passagem de 2 frentes frias ocasionem chuva fraca apenas nas bacias dos rios Uruguai e Jacuí. Nas demais bacias hidrográficas de interesse do Sistema Interligado Nacional predomina a estiagem", afirmou o ONS no Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação para a semana de 1 a 7 de fevereiro.

Os reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste estão fechando o mês em 40,57 por cento de armazenamento, segundo dados do ONS de quinta-feira, nível superior ao de 2013 e aos dos anos críticos de 2000 e 2001 -- mas ainda bem abaixo da média histórica.

O armazenamento também mostra que houve depreciação dos reservatórios do Sudeste em janeiro, já que ao fim de dezembro o nível das represas da região era de apenas 43,18 por cento. No Sul, os reservatórios estão a 58,58 por cento. No Nordeste, o nível é de 42,53 por cento e, no Norte, de 59,99 por cento.

AUMENTO DE CARGA

O ONS estima aumento de 7,1 por cento na carga de energia no sistema elétrico nacional em fevereiro ante mesmo mês de 2013, chegando a 68.973 MW médios. No Sudeste/Centro Oeste, principal centro de carga do país, o aumento deve ser de 5,4 por cento, impulsionado pelo uso intenso de aparelhos de refrigeração e ao aumento da carga industrial.

Nesta semana, ocorreram 4 quebras de recordes seguidas de demanda máxima instântanea de energia no sistema Sudeste/Centro/Oeste, onde a demanda máxima instantânea atingiu 50.014 MW às 15h29 na quinta-feira.

Fonte: Reuters Brasil

Wall St cai e fecha janeiro com pior desempenho mensal desde 2012

Vendas generalizadas em mercados emergentes lançaram uma sombra sobre Wall Street, onde os principais índices acionários fecharam em queda nesta sexta-feira e registraram o pior desempenho mensal desde maio de 2012, após um dos melhores anos em mais de uma década.

O índice Dow Jones recuou 0,94 por cento, para 15.698 pontos, nesta sexta-feira, e o S&P 500 perdeu 0,65 por cento, a 1.782 pontos. O termômetro do setor de tecnologia Nasdaq teve desvalorização de 0,47 por cento, a 4.103 pontos.

No mês, o Dow perdeu 5,3 por cento, o S&P 500 teve queda de 3,6 por cento e o Nasdaq registrou recuo de 1,7 por cento. Janeiro marcou o pior mês para o Dow e o S&P 500 desde maio de 2012 e o pior para o Nasdaq desde outubro do mesmo ano.

Ações de energia e ligadas a empresas de consumo registraram as maiores quedas da sessão, após a divulgação de resultados corporativos do quarto trimestre decepcionantes. O subíndice de energia do S&P encerrou em queda de 1,5 por cento, com a Chevron tendo um dos maiores impactos negativos no Dow.

As negociações foram voláteis durante o dia, com o Nasdaq chegando a operar no território positivo por poucos instantes e o índice de volatilidade CBOE ficando negativo em determinado momento.

Mas as vendas se aceleraram na reta final do pregão e o VIX, conhecido como 'índice de medo", fechou o dia em alta de 6,5 por cento e o mês, de 34 por cento -- maior ganho mensal desde maio de 2012.

"Devido aos temores sobre os mercados emergentes e moedas, eu acredito que a maioria dos operadores estão tendendo a fechar seus livros para não chegar na segunda-feira de manhã com uma surpresa negativa", afirmou estrategista de mercado do Prudential Financial, Quincy Krosby.

Os mercados acionários globais atravessam forte turbulência por conta de temores em relação aos mercados emergentes, incluindo desacelaração do crescimento na China, num momento em que o Federal Reserve reduz o estímulo monetário.

Fonte: Reuters Brasil

Crescimento da indústria da China cai em janeiro para mínima em seis meses

PEQUIM, 1 Fev (Reuters) - O crescimento do setor industrial da China recuou para seu menor nível em seis meses em janeiro, afetado pela menor demanda local e externa, em um resultado que eleva temores de uma desaceleração econômica do país asiático.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial caiu para 50,5 em janeiro ante 51 em dezembro, informou a Agência Nacional de Estatísticas neste sábado, em linha com as expectativas do mercado.

O resultado reforça preocupações de que a economia da China esteja perdendo fôlego e pode pesar sobre os mercados financeiros na segunda-feira, uma vez que investidores globais, já nervosos quanto à fuga de capital de mercados emergentes, podem ver nele mais uma razão para vender ativos mais arriscados.

O PMI deste sábado mostrou que as fábricas da China tiveram menor demanda por exportações e crescimento mais lento em novas encomendas no mês passado.

Um sub-índice para novas encomendas caiu para a mínima em seis meses de 50,9, e os pedidos de exportações recuaram para 49,3, também o nível mínimo em seis meses e abaixo da faixa de 50 pontos que separa crescimento de contração nos PMIs.

Analistas haviam alertado antes da divulgação dos dados que o feriado do Ano Novo Lunar, que começou em 31 de janeiro, provavelmente afetou a produção fabril do país no mês passado, conforme fabricantes fecharam as portas para o maior feriado anual do país.

Fatores sazonais à parte, muitos especialistas apontaram que a economia da China está enfrentando dificuldades que só crescerão nos próximos meses, em meio às profundas reformas no país.

Fonte: Reuters Brasil