Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

CNI estima crescimento do PIB em 0,9% para 2012


Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – em 0,9% em 2012. Para 2013, a projeção da confederação é que a economia cresça 4%.

A estimativa de expansão do PIB industrial ficou em -0,6% este ano. Para 2013, a expectativa é que haja uma expansão de 4,1%. Para a CNI, a concretização dessas estimativas depende da redução dos custos de produção e do aumento da produtividade.

Já para o consumo das famílias, um dos mecanismos do governo para equilibrar a economia, a projeção é 3,1% neste ano. Em 2013, a estimativa chega a 3,8%. A taxa de desemprego, na perspectiva da CNI, ficará em 5,5%, em 2012, e 5,3% em 2013.

A formação bruta de capital, que indica o nível de investimentos, terá decréscimo de 4,5% em 2012 e passará para 7% em 2013.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi estimada em 5,5% em 2012 e também em 2013. A taxa de juros nominal fecha o ano no atual patamar, de 7,25% ao ano, permanecendo com o mesmo índice em 2013. Já a taxa real de juros [descontada a inflação pelo IPCA], fechará o ano em 3,1% e em 1,4% em 2013.

Pelas projeções da CNI, o déficit público nominal em proporção do PIB será de 2,6% em 2012 e de 2,2% em 2013, com o superávit primário em 2,2% neste ano e 2,3%, em 2013. Outra redução prevista no período é a da dívida pública líquida, que cairá de 35,2% do PIB em 2012 para 33,9% do PIB em 2013.

O câmbio foi estimado em R$ 2,06, ao final de 2012, e em R$ 2,07, ao final de 2013. No caso das exportações, a projeção da CNI neste ano ficou em US$ 244,6 bilhões e, para 2013, em US$ 258,3 bilhões. Já as importações crescerão de US$ 224,9 bilhões para US$ 240,2 bilhões na mesma comparação.

Com isso, o saldo comercial brasileiro deve cair de US$ 19,7 bilhões, em 2012, para US$ 18,1 bilhões, ao final de 2013. Dessa forma, o saldo em conta-corrente, um dos principais indicadores das contas externas brasileiras, deve registrar déficit de US$ 62,1 bilhões, em 2013, ante os US$ 54 bilhões de 2012.

Fonte: Agência Brasil

Dor de crescimento perdido sacode Brasil de sonho, diz 'FT'


O crescimento frustrante da economia brasileira no terceiro trimestre do ano pode ter despertado o país de seu sonho de finalmente chegar ao caminho do desenvolvimento, na avaliação de um artigo publicado nesta segunda-feira pelo diário econômico britânico Financial Times.
"Será que o sonho brasileiro de finalmente sair da chamada armadilha da renda média após uma década de crescimento econômico sólido está emperrando de repente?", questiona o texto, assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Joe Leahy.

O jornal comenta que o crescimento de 0,6% do PIB no terceiro trimestre foi não somente a metade do que o previsto dias antes pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, como também foi inferior ao esperado pelo "mais pessimista dos analistas de mercado".
"Para a presidente Dilma Rousseff, além do embaraço pela previsão errada, o mais preocupante será descobrir que diabos deu errado na economia", diz o jornal.
Pior da década
O artigo, intitulado 'Dor da meta de crescimento perdida sacode o Brasil de seu sonho", observa que tirando o atípico ano de 2009, quando a economia global sofreu um colapso, o crescimento no ano de 2012 será o pior da década para o Brasil, apesar de várias ações do governo para tentar estimular o crescimento.
Para o correspondente do Financial Times, as medidas do governo não tocaram no problema da falta de competitividade de setores como o automotivo, protegido das importações que poderiam forçar uma melhoria de competitividade.
O jornal observa que a política do Partido dos Trabalhadores de proteger os empregos vem mantendo a taxa de desemprego nos níveis mais baixos da história, mas afirma que isso traz consigo maiores custos trabalhistas.
Por fim, o artigo afirma que "apesar de os brasileiros ainda não estarem sentindo o impacto da desaceleração, os investimentos vêm se retraindo de maneira silenciosa". O jornal comenta que os investimentos no país, "já baixos para um país em desenvolvimento", caíram 1,9% no terceiro trimestre.
O jornal comenta que o "sempre otimista" Mantega ainda promete um crescimento de 4% no ano que vem, mas afirma que "em lugar de fazer promessas rosadas, o governo deveria usar a desaceleração para promover as dolorosas reformas necessárias para acelerar a transformação do Brasil de uma economia baseada no consumo em uma balanceada por mais investimentos".
Para o autor, a determinação mostrada pelo governo em promover a redução das tarifas de eletricidade ou o corte nas taxas de juros também deveria ser aplicada na reforma tributária, no combate à burocracia pouco eficiente, no enfrentamento de interesses escusos da iniciativa privada e na construção de infraestrutura.
"Após quase uma década vivendo um sonho, o Brasil está sendo despertado", conclui o jornal.

Fonte: BBC Brasil

Brasil não tem estrutura nem ambição para ser rico, diz economista indiano


Indiano da cidade de Wellington, no extremo oeste da Índia, o atual diretor de mercados emergentes do banco Morgan Stanley, o economista Ruchir Sharma, adota um discurso cético quando se põe a falar sobre o Brasil.

A despeito dos últimos dez anos de crescimento econômico praticamente ininterrupto, Sharma descrê do discurso que vê o país rumo ao status de uma nação desenvolvida.

“Eu não creio que o Brasil esteja no caminho certo, ao menos por enquanto”, afirmou em entrevista concedida ao UOL por email. Os motivos já fazem parte de uma análise clássica: excesso de impostos, altos gastos do governo, falta de investimento em infraestrutura e presença muito forte do Estado na economia.

Sharma também diz que falta uma certa “dose de ambição” para o Brasil ser rico.

Segundo o economista, o país também depende demais dos países importadores de commodities (como minério de ferro), sobretudo da China.

Ele ainda ressalta que o crescimento da Bolsa de Valores do Brasil para os próximos anos deve estar abaixo dos demais países emergentes, que devem registrar uma alta na casa dos 10%.

Sharma ainda critica o acrônimo Bric –termo cunhado por um analista do banco concorrente Goldman Sachs e que coloca Brasil, Rússia, Índia e China dentro de um mesmo grupo. “Esses países são as maiores economias de suas respectivas regiões, mas, para além disso, não possuem mais nada em comum”, diz.

Ele afirma que dificilmente os países em desenvolvimento vão  se tornar ricos. “Seria muito bom se todos os pobres pudessem alcançar os padrões de vida dos ricos, e nós pudéssemos acabar em um mundo onde todos estariam no topo. [Mas] temo que não veja isso acontecer, certamente não no futuro previsível.”

Ruchir Sharma acabou de lançar o livro “Os Rumos da Prosperidade”, pela  Editora Campus, em que faz uma análise da economia dos países emergentes e sua relação com o resto do globo.

A seguir, leia os principais trechos da entrevista.

UOL - O sr.  diz que não faz sentido agrupar Brasil, China, Rússia e Índia em um único bloco. Por quê?
Ruchir Sharma - Esses países são as maiores economias de suas respectivas regiões, mas, para além disso, não possuem mais nada em comum. Todos os quatro estão em diferentes estágios de desenvolvimento –a Índia tem uma renda per capita próxima de US$ 1.500, a China, perto US$ de 6.000. Brasil e Rússia possuem rendas per capia próximas de US$ 12.000. Então eles encaram desafios bem diferentes.

Entre eles há importadores e exportadores de commodities [matéria-prima, como minério de ferro, usado para fabricar aço], produtores fortes e fracos de manufaturas, e por aí vai. Economias precisam ser compreendidas como casos individuais, e talvez o pior impacto de conceitos “marqueteiros” como o de “Bric” tenha sido o encorajamento do péssimo hábito de se pensar as nações emergentes como uma categoria sem rosto ou como subcategorias com acrônimos sem sentido.

O sr. acha que está totalmente furada a previsão de que os Brics superarão, até 2050, o PIB e a renda per capta do G-6 (EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Itália)?
Eu nem chego a discutir essa previsão, como, aliás, me rebelo contra toda essa moda de fazer previsões a longo prazo. Eu sei que praticar futurologia é até divertido, que pretender enxergar o próximo século é irresistivelmente gratificante para alguns, mas também não deixa de ser intelectualmente desonesto. Será que essas pessoas que ficam fazendo tais previsões serão responsabilizadas pelo que falam?

Existe uma boa razão para que pessoas sérias, aquelas incumbidas de fazer as coisas acontecer no mundo real –CEOs, grandes investidores- foquem apenas nos próximos três a cinco anos, no máximo dez anos, enquanto toda essa moda de previsões a longo prazo são proferidas principalmente por “experts”, professores e marqueteiros.

Para além do período de cinco a dez anos, muitas das mudanças que podem ser previstas irão ocorrer juntamente com resultados impossíveis de previsão –eleições de novos governos, o aparecimento de novos competidores (como a China depois de 1980), ou de uma nova tecnologia (a internet depois de 1990).

A certeza desses importantes mas completamente imprevisíveis acontecimentos torna previsões de longo prazo totalmente sem sentido.

O sr. acha que só a China tem o potencial para exercer um crescimento estável e forte até 2050 ou nem mesmo esse país?
Eu analiso a China apenas para o próximo período de cinco a dez anos, e por muito tempo tenho pensado que o país estava prestes a desacelerar seu ritmo de dois dígitos de crescimento visto na última década. Toda nação que alcançou um crescimento rápido e sustentável por ao menos três décadas, incluindo Japão, Coreia do Sul e Taiwan, continuou a crescer, mas desacelerou significativamente em três ou quatro pontos percentuais quando atingiu um estágio similar de desenvolvimento no qual a China está hoje.

Nesse ponto, a economia é simplesmente muito grande para crescer tão rápido, e é assim que a China está agora.

Quais seriam os efeitos no Brasil se gigantes como a China reduzissem suas importações?
Nós estamos vendo isso agora. O Brasil tem confiado fortemente na exportação das commodities para países consumidores liderados pela China, e a desaceleração desse país é um grande motivo que nos faz ver o crescimento no Brasil escorregar para 2%, e o crescimento na Rússia escorregar para 3% a 4%. Ambos os países têm feito muito pouco para melhorar o ambiente de investimento doméstico, e o investimento deles em relação ao PIB continua muito devagar para estimular qualquer crescimento econômico mais rápido.

Na sua visão, poucos países alcançarão o estágio de nações desenvolvidas. O Brasil será um deles?
Eu não creio que o Brasil esteja no caminho certo, ao menos por enquanto. Um de seus grandes problemas é seu grande histórico de tributação e gastos em níveis muito altos, não acompanhados de suficiente investimento produtivo –fatores que deixaram o país com uma infraestrutura muito fraca, e, portanto, com uma tendência de crescimento em um ritmo muito devagar.

Outro problema é que o Brasil, instigado por seu histórico de instabilidade econômica, tem estado nos últimos anos mais preocupado com a estabilidade do que produzir crescimento –o que o deixa fundamentalmente menos ambicioso que muitos mercados emergentes.
E, por último, o Brasil ainda possui a mania de resolver seus problemas com a mão do Estado: a parte do Estado na economia do Brasil é muito alta para um país com seu nível de renda, comparado aos Estados de Bem-Estar Social avançados na Europa. Basicamente, o Brasil precisa de uma reforma estrutural profunda, que reduza seus impostos e gastos com encargos, e uma dose de ambição para se colocar em um movimento de arranque.

Se economias de países importadores como a China desacelerarem, como o Brasil poderia escapar de seus efeitos negativos em tal situação?
Eu acho que o Brasil poderia começar com o básico que eu falei acima. A atual situação é apenas um sintoma de problemas mais profundos com o papel do Estado, com o impacto de seu histórico, com as décadas de tendências de investimento ultrapassadas, a má infraestrutura etc.

Quais são as perspectivas para a Bolsa de Valores brasileira nos próximos anos?
Nossas previsões dizem que as Bolsas do mundo em desenvolvimento devem crescer por volta de 10% em média em dólar, por ano, nos próximos cinco anos. Não tenho uma previsão específica para o Brasil, mas acho que o país deve ficar abaixo de outros mercados emergentes, especialmente em dólar, já que a moeda ainda está muito cara.

O sr. defende que as diferenças entre a renda per capita dos países ricos e a dos países pobres voltaram para os níveis na década de 50.
Foi Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil (1999-2002), que me mostrou que a renda per capita do país havia crescido de 12% para 25% da renda per capita americana durante o primeiro boom de crescimento dos anos 50 e 60, caiu para 16% durante as décadas perdidas, e voltou a 20% na última década. A experiência brasileira, tal qual uma estrela que morreu e caiu do céu, é uma característica típica dos mercados emergentes.

Um recente artigo do economista político de Harvard Dani Rodrik mostra que antes dos anos 2000 o desempenho dos mercados emergentes como um todo não “convergia” ou alcançava o mundo desenvolvido. Na verdade, a diferença entre a renda per capita entre os países avançados e as economias em desenvolvimento aumentou de maneira estável dos anos 50 aos anos 2000. Foi somente depois dos anos 2000 que o desempenho dos mercados emergentes começou a alcançar o dos países desenvolvidos, mas em 2011 a diferença na renda per capita entre os países ricos e os países em desenvolvimento está de volta ao que era nos anos 50.

O sr. fala que há uma desilusão com os antigos paradigmas econômicos, como os do Japão, União Europeia e o Consenso de Washington, e que novos modelos deverão surgir. Quais seriam esses modelos? E o que havia de errado com cada um dos outros?
Modelos surgem com o sucesso das grandes potências. Hoje nenhuma nação desenvolvida é vista como bem-sucedida. A crise da dívida de 2008 minou a credibilidade de todos esses modelos; economias que um dia estavam reivindicando entrada na zona do euro, como Polônia, República Tcheca e Turquia, se perguntam agora se realmente querem entrar em um clube em que muitos de seus membros estão lutando para não se afundarem.

A Turquia, por exemplo, se tornou um exemplo brilhante para os países islâmicos que estão lutando e adorariam seguir o modelo de rápido crescimento turco. Mas o que pôs a Turquia no caminho certo foi a ortodoxia –a redução da dívida, o estrangulamento da superinflação– então o que acabamos vendo agora é um respaldo político islâmico para o consenso de Washington [corte de despesas públicas].

O sr. diz que a noção de convergência a longo prazo entre o mundo em desenvolvimento e o mundo desenvolvido é um mito. Por que esse mito ainda é reproduzido?
As ideias relacionadas a um grande boom econômico sempre demoram mais para morrer, mas essa tem demorado mais do que a maioria. Apenas poucas pessoas ainda falam com aquele ideal sobre como a tecnologia poderia fazer do mundo um lugar melhor, coisa que todos ouvíamos  até a bolha da internet estourar.

O crescimento em mercados emergentes tem desacelerado profundamente desde 2008, mas você ainda ouve muito sobre convergência, talvez porque seja uma visão transformadora profunda. Seria muito bom se todos os pobres pudessem alcançar os padrões de vida dos ricos, e nós pudéssemos acabar em um mundo onde todos estariam no topo. Imagine: competição global sem perdedores. Temo que não veja isso acontecer, certamente não em um futuro previsível.

A história sugere que o desenvolvimento econômico é como um jogo de cobras e escadas. Não há um caminho direto para o topo, e há menos escadas que cobras, o que significa que é mais fácil cair do que subir.

Uma nação pode subir as escadas por uma década, duas, três, até topar com outra cobra e cair novamente para o chão, onde deve começar tudo de novo, e talvez de novo e de novo, enquanto os rivais passam por ela.

A percepção de que o jogo de crescimento subitamente se tornou simples –no qual todos podem ser um vencedor– é construída em cima de resultados únicos da última década, quando virtualmente todos os mercados emergentes cresceram juntos. Mas essa foi a primeira e, provavelmente, a última vez que nós veremos essa era de ouro: na próxima década, quase que com certeza, não veremos mais isso.

Fonte: UOL Economia

Indústria na Zona do Euro tem contração menor, diz Markit


Segundo a pesquisa, a desaceleração está moderada, mas os pedidos à indústria manufatureira ainda estão em queda.

Os indicadores que medem a atividade industrial da Zona do Euro melhoraram em novembro, segundo estimativas publicadas nesta segunda-feira (03/12) pelo Markit Economics.

No bloco que reúne 17 países, o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) registrou 46,2 pontos, valor maior do que os 45,4 pontos registrados em outubro. Vale lembrar que valores abaixo de 50 pontos indicam contração na atividade.

Segundo a pesquisa, a desaceleração está moderada, mas os pedidos à indústria manufatureira ainda estão em queda. Diante disso, a fraca demanda e os estoques em alta têm levado ao enfraquecimento do mercado de trabalho.

A produção contraiu pelo nono mês consecutivo. No entanto, a taxa de declínio é a menor desde abril deste ano. Por outro lado, a produção de bens de consumo melhorou.

Novas encomendas de exportação caíram para o 17º mês seguido, em grande parte devido à redução na demanda de dentro da área da Zona do Euro e pelas condições fracas do mercado de trabalho global.

Alemanha

Na Alemanha, o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) atingiu 46,8 pontos em novembro, contra 46 pontos em outubro, mostrando, também, deterioração da atividade.

A pesquisa mostra que a produção industrial do país está se reduzindo em ritmo moderado, e que as empresas estão cautelosas em relação à demanda e ao emprego.

No entanto, a deterioração foi a mais lenta desde março, em grande parte pela retomada de encomendas vindas da China.

Reino Unido

No Reino Unido, país que não pertence à Zona do Euro mas é membro da União Europeia (UE), o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) foi o que mais mostrou retomada, ao atingir 49,1 pontos em novembro, ante 47,3 pontos em outubro, destacando que a produção subiu pela primeira vez em cinco meses.

Esta melhora foi observada principalmente no mercado doméstico, uma vez que as exportações continuam penalizadas.

As empresas seguem cautelosas também na contratação, e o desemprego aumentou ligeiramente.

Fonte: Brasil Econômico

Mercado corta projeções para crescimento do PIB


Após o crescimento da economia no terceiro trimestre ter desapontado, as expectativas para este ano e para o próximo ficaram mais pessimistas, mostra pesquisa do BC.

Os economistas consultados pelo BC para o boletim Focus reduziram sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012, de 1,50% para 1,27%.

A previsão para o ano que vem também foi diminuída, também pela terceira semana consecutiva, de 3,94% para 3,70%.

Os dados constam da pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central (BC) com cerca de 100 economistas, coletando suas projeções para os principais indicadores da economia brasileira.

Este é o primeiro relatório após a divulgação do PIB do terceiro trimestre. A economia brasileira cresceu 0,6% entre julho e setembro, disse na semana passada o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que o mercado esperava uma expansão superior a 1%.

Os investimentos tiveram destaque negativo, com queda de 2% no trimestre.

Após a divulgação do dado, diversos economistas ajustaram suas projeções, alguns estimando uma expansão inferior a 1% neste ano.

Há quatro semanas, os especialistas esperavam uma expansão no nível da atividade doméstica de 1,54% neste ano, e de 4% no próximo.

Inflação

Em relação aos preços, novamente pela segunda semana seguida, os economistas ouvidos pelo BC mantiveram seu prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012, em 5,43%.

Para 2013, as estimativas para o IPCA também ficaram estáveis em 5,40%.

Em relação ao IGP-M, a projeção caiu para este ano, pela oitava vez consecutiva, de 7,55% para 7,46%, e de 5,12% para 5,11% no ano que vem, na terceira queda seguida.

Por sua vez, o prognóstico do mercado para o IGP-DI cedeu, pela sétima vez seguida, de 7,66% para 7,64% em 2012 mas permaneceu inalterado nos 5,17% em 2013.

Câmbio

A avaliação dos economistas consultados pela autoridade é de que a cotação do câmbio irá encerrar dezembro próximo em R$ 2,07, frente a uma previsão de R$ 2,03 na semana passada.

Para o próximo ano, as estimativas apontam para uma taxa do câmbio em R$ 2,06, ante R$ 2,02 na última aferição.

Selic

Sobre os rumos da política monetária, os especialistas entendem que a autoridade não deve promover alterações na taxa básica de juros até dezembro de 2013, uma vez que as projeções para o próximo ano seguem nos atuais 7,25%.

Fonte: Brasil Econômico

Ibovespa terá dia volátil, guiado por China e EUA


Vale lembrar que, a partir de hoje, a Bolsa brasileira dará início ao novo horário de negociações no pregão para prolongar o fechamento da sessão em 30 minutos, passando a finalizar em 17h30.

A volatilidade deve dar o tom ao Ibovespa no primeiro pregão da semana, com duas notícias no foco dos investidores. Logo pela manhã, foi anunciado que o ritmo da atividade industrial da China atingiu o melhor desempenho em mais de um ano, com o aumento na produção do setor, confirmando a recuperação da economia do país.

Este dado pode gerar ganhos às empresas ligadas ao setor de commodities, como a Vale, Usiminas, Gerdau, uma vez que o gigante asiático é o maior comprador de matérias-primas, elevando o apetite ao risco dos investidores.

Ainda no cenário interno, as ações das empresas de energia devem seguir atraindo as atenções. As companhias elétricas decidem nesta segunda-feira (03/12) se aceitam renovar os contratos, pois o prazo estipulado pelo governo termina amanhã.

Outra notícia que pode mexer com o ânimo do mercado é a projeção do Produto Interno Bruto brasileiro para este ano. Após ser confirmado expansão de apenas 0,6% no terceiro trimestre, analistas do mercado financeiro reduziram de forma expressiva as perspectivas para 2012, passando de 1,50% para 1,27%.

Vale lembrar que, a partir de hoje, a Bolsa brasileira dará início ao novo horário de negociações no pregão para prolongar o fechamento da sessão em 30 minutos, passando a finalizar em 17h30 (horário de Brasília). O objetivo é reduzir a diferença de horário com o mercado americano, que está fechando às 19h.

No entanto, os ganhos podem ser reduzidos com o impasse fiscal nos Estados Unidos, gerando preocupações que a maior economia do mundo possa entrar em recessão.

O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, disse neste domingo (2/11) que a Casa Branca e os negociadores republicanos não obtiveram progresso nas conversas para evitar o abismo fiscal, num plano que inclui aumento de impostos e profundos cortes de gastos.

Mesmo com as incertezas, os futuros em Wall Street operam em alta. O Dow Jones registrava acréscimo de 0,11%, o S&P avançava 0,08% e o Nasdaq subia 0,30%. 
Na Europa, o movimento comprador também prevalece nos mercados. Por lá, a divulgação de dados da indústria, mostrando ligeira melhora, favorecem os ganhos.

Os indicadores que medem a atividade industrial da Zona do Euro melhoraram em novembro, ao passar de 45,4 pontos em outubro para 46,2 pontos. Na Alemanha, o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) atingiu 46,8 pontos em novembro, contra 46 pontos em outubro.

E no Reino Unido a melhora foi mais expressiva, ao registrar 49,1 pontos em novembro, ante 47,3 pontos em outubro. Neste cenário, o FTSE, de Londres tinha alta de 0,23%, enquanto o CAC, de Paris, valorizava 0,46%. Já o DAX, da Alemanha, crescia 0,42%.

Além disso, os ministros das Finanças da Zona do Euro se reunirão, em Bruxelas, para tentar um acordo sobre como aliviar a dívida grega, como recompra de parte dos títulos em circulação.

A Grécia informou nesta segunda-feira que irá conduzir sua oferta de recompra de títulos por meio de um método de leilão holandês modificado, no qual investidores declaram por quanto estão dispostos a vender seus títulos antes que o preço seja determinado.

Atenas informou que não irá gastar mais do que € 10 bilhões na recompra. Investidores devem declarar interesse até 7 de dezembro e a data esperada para liquidação é 17 de dezembro.

Fonte: Brasil Econômico

DF é destaque negativo no tratamento de resíduos


A correta destinação dos resíduos sólidos produzidos no Distrito Federal ainda é um grande problema a ser enfrentado pelo governo. Diariamente, cerca de 8,7 mil toneladas de lixo chegam ao Lixão da Estrutural que, sem a correta destinação e tratamento, colocam Brasília abaixo da média na lida com os resíduos sólidos. É o que aponta o Índice de Cidades Verdes da América Latina, desenvolvido pela organização Economist Intelligence Unit (EIU), que analisou 17 cidades latino-americanas e diagnosticou uma situação de pouco cuidado com os resíduos na capital brasileira.  A pior entre todas as analisadas.


O fraco desempenho da cidade, conforme o estudo, se deve à elevada taxa de produção de resíduos. Por ano, cada brasiliense produz em média 875 quilos de lixo. Esse fato negativo coloca a capital como um dos locais onde a taxa de produção de resíduos é mais alta que a média do índice das cidades pesquisadas, que é de 465 quilos anuais por habitante.


Comparações
Mesmo comparando a quantidade produzida pelos moradores do DF com o de outras cidades onde a renda da população é mais elevada, os brasilienses continuam como campeões na produção de resíduos. Nestas outras cidades latino-americanas de renda mais elevada, a média de lixo por habitante é de 657 quilos por ano.


Por aqui, 95% dos resíduos produzidos são coletados e têm como principal destinação o Lixão da Estrutural. Esse índice é um ponto percentual abaixo da média captada nas 17 cidades pesquisadas. Porém, o grande destaque que mancha a imagem da cidade é o fato de a capital do País ser uma das poucas cidades de grande porte no Brasil que ainda possui um depósito de lixo a céu aberto.


Segundo o diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, o GDF segue uma linha de trabalho que deverá culminar com o fechamento do Lixão da Estrutural até julho de 2013. Enquanto esse prazo não se encerra, processos licitatórios deverão ser finalizados para a construção e operação do novo aterro sanitário do DF, que será implementado em Samambaia. “O Lixão da Estrutural tem mais de 50 anos e para fechá-lo não é simplesmente passar um cadeado na porta. Temos hoje a construção de um novo aterro, as licitações estão avançadas e temos a previsão de fechá-lo definitivamente até julho”, prevê o diretor.

No Lixão da Estrutural, que tem aproximadamente dez quilômetros quadrados de extensão, a capacidade de armazenamento já ultrapassou a marca de 30 milhões de toneladas de resíduos e ainda dispõe de 25% de espaço para o armazenamento de lixo. Por lá, uma média de mil caminhões descarregam os resíduos todos os dias.

Fonte: Jornal de Brasília