Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

IGP-M desacelera alta para 0,86% em outubro

SÃO PAULO, 30 Out (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 0,86 por cento em outubro, abaixo da expectativa do mercado, após subir 1,50 por cento em setembro, com a desaceleração dos preços no atacado compensando com folga a alta no varejo.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), em 12 meses o IGP-M acumula alta de 5,27 por cento. Na segunda prévia de outubro a alta dos preços tinha sido de 0,91 por cento.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 1,09 por cento em outubro, ante avanço de 2,11 por cento em setembro.

Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta para 0,43 por cento, contra 0,27 por cento visto no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,33 por cento, ante alta de 0,43 por cento na apuração de setembro. O INCC responde por 10 por cento do IGP.

O resultado do IGP-M de outubro pode ser um sinal do alívio das pressões inflacionárias que ocorreram pela forte alta do dólar em meses passados, com a moeda norte-americana chegando a 2,45 reais em agosto. Depois que o Banco Central iniciou um programa regular de intervenções, o dólar se acomodou próximo a 2,20 reais.

Por conta da inflação alta, o BC começou a elevar a Selic, que passou da mínima histórica de 7,25 por cento ao ano para o atual patamar de 9,50 por cento. E a expectativa é de novo aumento na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O dado divulgado nesta quarta-feira ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,92 por cento, de acordo com a mediana de 27 projeções.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. Ele calcula as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Fonte: Reuters Brasil

Preços de produtos na saída das fábricas sobem 0,62% em setembro, diz IBGE

Rio de Janeiro - Os preços dos produtos na saída das fábricas, registrados pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), subiram 0,62% em setembro. A taxa é inferior às observadas em agosto deste ano (1,43%) e setembro do ano passado (0,69%). O dado foi divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Treze dos 23 setores da indústria da transformação analisados apresentaram inflação. Os maiores impactos na taxa de setembro foram causados pelos alimentos, com inflação de 1,58%, pelo refino de petróleo e álcool (1,16%), por outros produtos químicos (0,96%) e bebidas (3,61%).

Por outro lado, dez setores registraram queda de preços (deflação) e contribuíram para frear a inflação na porta das fábricas. Entre as atividades que tiveram deflação, destacam-se impressão (-2,92%), madeira (-2,38%) e fumo (-2,23%).

No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPP chega a 4,91%. Em 12 meses, a taxa acumula alta de 5,86%, abaixo dos 5,92% registrados nos 12 meses encerrados em agosto.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dilma anuncia investimento de R$ 5,3 bilhões no transporte coletivo de Curitiba

Mais cidades também serão beneficiadas com investimentos em metrô: Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Porto Alegre.

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira o investimento de R$ 5,3 bilhões no transporte coletivo de Curitiba e da região metropolitana. Os recursos serão investidos em conjunto com os governos estaduais e municipais. A parcela federal faz parte dos R$ 50 bilhões destinados à mobilidade urbana contidos nos cinco pactos firmados pela presidenta para atender às reivindicações das manifestações de junho e julho deste ano.

O transporte urbano, disse a presidenta, "é uma questão essencial, porque diz respeito a vida das pessoas, não é só a qualidade e a segurança no transporte, mas quantidade de tempo que as pessoas gastam no transporte público do trabalho para a casa e de casa para o trabalho e a quantidade de tempo que as crianças e jovens gastam para ir e voltar da escola".

Dilma destacou que, em Curitiba, a maior parte dos recursos, R$ 4,56 bilhões, será investida na construção do metrô, com 17,6 quilômetros de extensão. Desses recursos, R$ 1,8 bilhão será do Orçamento Geral da União. Outros R$ 1,4 bilhões serão financiados em condições privilegiadas, com 30 anos de amortização, cinco anos de carência e juros subsidiados.

O governo, segundo Dilma, é o primeiro a oferecer financiamentos desse tipo. "Nossa prioridade é garantir qualidade ao sistema e gerar incentivos para que a população deixe o carro em casa e passe e usar o transporte coletivo e, com isso, todos nós vamos ganhar tempo para as nossas vidas".

A presidenta voltou a falar do andamento de outros dois pactos: para a educação e a saúde. Sobre o Programa Mais Médicos serão, até o final do mês, 3,5 mil médicos atendendo em todo o país, beneficiando cerca de 47 milhões de brasileiros.

Sobre a educação, a presidenta voltou a falar da importância da licitação de Libra. Segundo a presidenta, 75% dos recursos do petróleo gerados por Libra será destinado ao governo federal, aos estaduais e municipais. Os recursos de Libra, somados aos royalties e a 75% da metade do Fundo Social do pré-sal, "que no mínimo estará em torno de R$ 600 bilhões, R$ 700 bilhões. Isso conduzirá a uma receita permanente e constante deste país para investir em educação". Ela disse que o poço já havia sido licitado no passado, mas que não chegou a ser explorado, "pararam a 1,5 mil metros antes de achar [a área do pré-sal], para a sorte do Brasil e dos brasileiros".

A presidenta segue agora para Foz do Iguaçu (PR), onde vai inaugurar uma linha de transmissão na subestação de energia da margem direita de Itaipu Binacional na subestação de energia da margem direita de Itaipu Binacional. "Esta linha de transmissão cobrirá 25% da demanda por eletricidade do Paraguai, ampliando industrialização, investimentos e geração de riqueza", disse no Twitter.

Fonte: Brasil Econômico

Avanço do Chile contribui para exportações brasileiras

A expansão estimada em 5% para o país em 2013 deve estimular a venda de alimentos do Brasil

O crescimento expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile nos últimos anos traz uma série de benefícios ao Brasil. Em 2011, o país cresceu 5,6% e em 2012, 6%. Para este ano, a expectativa, mesmo menor, é vista como positiva, com avanço de 5%. Além disso, a inflação acumulada neste ano segue em 1,3% e a taxa de desemprego perto de 5%.

O embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, diz que o crescimento do país, impulsionado principalmente pelo comércio interno e externo, vai beneficiar o Brasil, um grande exportador de alimentos. "A demanda por alimentos aumenta e os salários têm tido aumento significativo a cada ano", ressalta Schmidt. A agricultura chilena é altamente prejudicada por causa do tamanho de seu território e do clima.

Além disso, os investimentos no Brasil para o ano que vem também devem subir. "A CMPC Celulose irá investir US$ 2,2 bilhões no estado do Rio Grande do Sul em 2014. Temos muitos projetos para o Brasil, que é estratégico por causa do tamanho de mercado", diz o embaixador. 

Os ventos a favor do Chile começaram depois da queda do ditador Augusto Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990. "Desde então, o país adotou um modelo econômico aberto a outros países, mesmo porque o Chile teve sérios problemas históricos de guerra com Venezuela, Bolívia e Argentina. O governo baixou sua taxa de importação e de exportação, conquistou países europeus e do Pacífico e aumentou a sua competitividade", conta o coordenador de relações internacionais da Faap, Marcus Vinícius de Freitas. Atualmente, a taxa de importação chilena é de 3%, enquanto a do Brasil é de 11%.

Entre os produtos que o Chile mais exporta estão o cobre e o vinho, além dos artigos primários. "A base do comércio internacional é sempre a questão das vantagens comparativas. O Chile percebeu em qual setor consegue produzir mais e em menos horas e investiu na indústria, como é o caso do vinho. Assim, consegue competir internacionalmente", afirma o coordenador da Faap. Outra questão importante na economia chilena é que o governo diminuiu os investimentos públicos para aumentar os privados. "O Chile foi o primeiro país a privatizar empresas estatais e este modelo foi seguido ainda pela Margareth Thatcher, no Reino Unido".

O cenário chileno pode servir de exemplo para o Brasil em algumas áreas, uma vez que o tamanho do país e da população impossibilita comparações. Marcus de Freitas alerta para o protecionismo que prejudica a economia brasileira. "Se o Brasil fosse mais aberto com o comércio internacional, poderia até utilizar o Chile como rota para suas exportações", diz o coordenador. Outro ponto a ser destacado é a redução do custo Brasil para que as empresas nacionais tenham mais capacidade de competir com preço, qualidade e eficiência no processo de entrega.

Fonte: Brasil Econômico

Dilma anuncia investimentos no Paraná e exalta pagamento da dívida ao FMI

29 Out (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira investimentos de 5,3 bilhões de reais em mobilidade urbana em Curitiba e na região metropolitana da capital paranaense e disse que, desde 2007, depois de pagar a dívida com o Fundo Monetário Internacional, o país vem recuperando a capacidade de investir.

Na cerimônia, a presidente afirmou que quando o PT assumiu o governo federal em 2003, com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "o Fundo Monetário mandava em nós".

"Nós tínhamos recebido eles mandando e estávamos fazendo o maior esforço possível para que ele parasse de mandar. Para isso, nós tínhamos de pagar a dívida. E pagamos", disse.

"Nós mudamos sim. Nós mudamos e mudamos muito. Mudamos porque hoje somos capazes de responder mais rápido, porque o Brasil vem num esforço de retomar investimentos desde 2007", afirmou.

Ao lado do governador do Paraná, Beto Richa, que é do PSDB, principal partido de oposição a seu governo, Dilma disse que o anúncio de investimentos em mobilidade urbana com participação do governo federal no Estado era feito "sem levar em conta nenhuma das questões partidárias".

A presidente estava acompanhada também da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, provável candidata ao governo paranaense pelo PT no ano que vem, quando Richa poderá buscar a reeleição.

Mais cedo em sua conta no Twitter, Dilma explicou que 4,56 bilhões de reais serão destinados ao metrô que atenderá a capital paranaense e sua região metropolitana.

A presidente disse que o governo federal injetará no metrô 1,8 bilhão de reais diretamente do Orçamento da União, enquanto que 1,4 bilhão de reais será repassado por meio de financiamento de 30 anos, com carência de cinco anos e juros subsidiados.

"O metrô de Curitiba se viabiliza com esse crédito barato que garantimos ao Paraná", disse Dilma no Twitter.

Segundo Dilma, o governo federal irá apoiar a prefeitura de Curitiba com 408 milhões de reais para a expansão do sistema BRT de ônibus, e com o governo do Estado serão investidos outros 87 milhões de reais para corredores de ônibus na região metropolitana.

"Somados são 5,3 bilhões de reais em novos investimentos no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana", escreveu a presidente no Twitter.

Na semana passada, Dilma já havia anunciado investimentos de 5,4 bilhões de reais em mobilidade urbana em São Paulo durante um evento na sede do governo do Estado ao lado do governador paulista, o também tucano Geraldo Alckmin.

A melhoria do transporte público foi uma das reivindicações da onda de manifestações que chegou a levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas de todo o país em junho e que foi deflagrada pelo descontentamento com a elevação do preço da passagem do ônibus e do metrô, posteriormente revertida pelas autoridades.

Fonte: Reuters Brasil

Dólar fecha com leve alta ante o real, em compasso de espera com Fed e BC

SÃO PAULO, 29 Out (Reuters) - Sem grandes novidades e com os investidores mantendo suas expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve, banco central norte-americano, e sobre a rolagem dos swaps que vencem em novembro no Brasil, o dólar fechou praticamente estável ante o real nesta terça-feira.

No entanto, operadores afirmam que o próximo pregão tende a ser mais movimentado, com a proximidade da formação da Ptax de outubro na última sessão do mês. Segundo eles, a decisão do Fed também pode adicionar volatilidade na quarta-feira, mas o impacto é limitado porque o mercado não espera grandes novidades.

O dólar teve leve alta de 0,09 por cento, para 2,1819 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro foi bem maior ao visto nos últimos dias, em torno de 2,7 bilhões de dólares.

Fonte: Reuters Brasil

Centro-Oeste precisa de R$ 36,4 bilhões até 2020 para escoamento da produção

Brasília – A Região Centro-Oeste precisa de investimentos de R$ 36,4 bilhões até 2020 para garantir o escoamento ágil e eficiente da produção agropecuária. Valor necessário à execução de 106 projetos prioritários para ampliar e modernizar a infraestrutura de transportes no Distrito Federal (DF), em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, de acordo com levantamento feito por entidades representativas da indústria e da agropecuária na região.

A pesquisa, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deu origem ao Projeto Centro-Oeste Competitivo, a ser divulgado hoje (29), como parte do esquadrinhamento das necessidades prioritárias do país, já executado nas regiões Norte, Nordeste e Sul. O mapeamento da Região Sudeste deve ficar pronto em meados de 2014.

O Projeto Centro-Oeste Competitivo assegura que o setor produtivo da região gasta R$ 60,9 bilhões ao ano com o transporte de cargas, equivalentes a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no DF e nos três estados. Gastos que podem ser abatidos em R$ 7,2 bilhões por ano com a execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística adequada.

O Centro-Oeste é responsável por quase metade dos grãos produzidos no Brasil, de acordo com a presidenta da CNA, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), e embora 56% da produção sejam acima do Paralelo 16, apenas 14% são escoados pelos portos do Norte e do Nordeste. Só com investimentos maciços em infraestrutura, diz a senadora, aproveitando os rios, “será possível inverter essa lógica que sobrecarrega os portos do Sul e do Sudeste, baixar os custos do transporte e preservar o meio ambiente”.

De acordo com Robson Andrade, presidente da CNI, ao identificar os investimentos que mais ajudariam a diminuir o custo logístico do país, os empresários contribuem para o planejamento governamental de médio e longo prazo. Segundo ele, “a indústria pode e quer participar do esforço para recuperar e modernizar a infraestrutura do país”, pois uma rede de transporte integrada e eficiente “facilita a distribuição dos produtos, reduz os custos e aumenta a competitividade brasileira”.

O Centro-Oeste Competitivo ressalta que das 106 obras prioritárias para a região, 19 (16,4%) estão em andamento. As demais estão em fase de projeto ou apenas nos planos governamentais. O levantamento da CNI e da CNA identificou 26 projetos no transporte ferroviário, com custos de R$ 17,5 bilhões; 24 projetos na estrutura portuária, que vão exigir R$ 8,4 bilhões; e 34 obras essenciais para melhorar o transporte fluvial, com investimentos de R$ 6,7 bilhões.

O projeto divulgado hoje é a quarta publicação da série Estudos Regionais de Competitividade, patrocinados pela CNI e federações estaduais da indústria. Nos quatro estudos foram identificadas 205 obras prioritárias, que envolvem investimentos de R$ 55 bilhões nos próximos sete anos.

Fonte: Agência Brasil