Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

BC britânico está aberto a estímulo, mas segue atento à inflação


LONDRES, 13 Fev (Reuters) - O banco central britânico afirmou nesta quarta-feira que a inflação não irá desacelerar para sua meta de 2 por cento até o início de 2016, mas que ainda está aberto a mais compras de títulos para impulsionar a estagnada economia britânica.

O BC destacou, entretanto, que há limites para o que tal política poderia alcançar.

A economia deve ter uma "recuperação lenta mas sustentada" ao longo dos próximos três anos, e a produção econômica não deve superar até 2015 o pico anterior à crise financeira, disse o Banco da Inglaterra em seu relatório trimestral de inflação.

O BC estimou que a inflação dentro de dois anos deve ficar em torno de 2,3 por cento, ante 1,8 por cento estimados em novembro. A entidade também estendeu o cronograma para retornar à meta em 18 meses ante o previsto em novembro.

As estimativas do banco sugerem que a inflação terá um pico de cerca de 3,2 por cento no terceiro trimestre de 2013.

Mas em entrevista à imprensa após a divulgação do relatório, o presidente do BC, Marvyn King, afirmou que isso não impedirá o banco de injetar mais dinheiro na economia se necessário.

"Pode-se ficar tentado a achar que uma estimativa de inflação acima da meta justifica uma política monetária mais apertada, e certamente garantir que a inflação retorne à meta no médio prazo é nossa primeira responsabilidade e objetivo", disse ele.

"Mas o mandato (do BC) é garantir estabilidade de preço no médio prazo de maneira que evite volatilidade indesejada na produção no curto prazo. A perspectiva de mais um período prolongado de inflação acima da meta tem que ser portanto considerada junto com a fraqueza da economia real."

O BC britânico gastou 375 bilhões de libras (587 bilhões de dólares) em compras de títulos do governo, mas tem evitado ampliar o programa.

King disse, entretanto, que mais aquisições, ou quantitative easing (QE), não são uma panaceia.

"Temos que reconhecer, entretanto, que há limites ao que pode ser alcançado via estímulo monetário geral --de qualquer forma", disse King, acrescentando que incentivos para gastar agora reduzem planos de gastos de famílias e empresas no futuro.

Fonte: Reuters Brasil

Demanda por petróleo segue em alta no Brasil, diz AIE

"A tendência da demanda brasileira continua forte, com aumento de 6,8%, para 3,2 milhões de barris por dia", diz o documento

A demanda por petróleo teve forte aumento no Brasil no fim do ano passado e a tendência, ainda que a um ritmo menor, deve continuar pelos próximos meses. A previsão foi feita nesta quarta-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório mensal, a AIE cita que os sinais aceleração da economia reforçam o prognóstico e que o aumento do preço da gasolina anunciado recentemente não será suficiente para reduzir a demanda pelo combustível no país.

"A tendência da demanda brasileira continua forte, com aumento de 6,8%, para 3,2 milhões de barris por dia, apoiado por grande aumento na demanda dos mercados de transporte rodoviário", diz o documento. O crescimento citado diz respeito a novembro de 2012 na comparação com igual mês do ano anterior. Em novembro de 2012 o Brasil consumiu uma média diária de 900 mil barris de gasolina, volume 8,3% maior do que o observado um ano antes. Já o consumo de diesel saltou 9,4%, para 1,1 milhão de barris por dia.


Para a AIE, a tendência geral da demanda brasileira continua sendo de "aumento" após certa desaceleração vista no início do ano passado. Um dos argumentos da entidade é o recente fortalecimento da indústria. O relatório lembra, por exemplo, que índices ligados à produção industrial voltaram a ficar no campo "expansionista", o que deve manter a demanda aquecida.

A instituição reconhece que o recente aumento de preços da gasolina e do diesel terá impacto na procura. "Os esforços do governo para aumentar os preços domésticos devem moderar o crescimento da demanda. Embora o aumento obrigatório da mistura de etanol na gasolina - que passará de 20% para 25% em maio - possa aumentar a demanda pela gasolina como consequência da menor eficiência energética", diz o documento.

Ou seja, a AIE prevê que, inicialmente, o preço mais alto pode afastar clientes das bombas de gasolina. Mas o aumento da mistura de álcool no combustível faz o carro a gasolina gastar mais, o que deve, no fim, acabar compensando parcialmente o efeito preço.

Ainda sobre o aumento de preços no Brasil, a AIE afirma que o reajuste trará algum "alívio" à situação financeira da Petrobras "embora a maioria dos investidores tenha ficado desapontada com o aumento". A agência comenta que, como o reajuste foi relativamente menor do que o esperado, a diferença de preços entre a gasolina e o etanol nos postos continua "demasiadamente estreita", insuficiente para gerar migração de consumidores da gasolina para o álcool.

No relatório divulgado nesta quarta-feira em Londres, relativo ao mês de novembro, a AIE prevê que a demanda brasileira por petróleo deve ficar na média diária de 3,016 milhões de barris em 2012. Confirmado, o volume será 4,2% maior do que o consumido em 2011. Para o ano fechado de 2013, a AIE prevê que o volume usado pelo País deve chegar a 3,093 milhões de barris por dia, o que representaria aumento de 2,6% na comparação com 2012.

Fonte: Gazeta do Povo

Produção industrial da zona do euro sobe com lenta recuperação da economia


BRUXELAS, 13 Fev (Reuters) - A produção nas fábricas da zona do euro subiu no fim do ano passado pela primeira vez desde agosto, um sinal de que o bloco monetário está lentamente começando a sair da recessão.

A produção industrial nos 17 países que compartilham o euro subiu 0,7 por cento em dezembro ante o mês anterior, informou nesta quarta-feira o escritório de estatísticas da UE, Eurostat.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento modesto de 0,2 por cento em dezembro ante novembro.

O maior aumento foi registrado em bens ao consumidor duráveis e não duráveis, de refrigeradores a ravióli, com a produção de ambos subindo 2,0 por cento em dezembro.

A fabricação de maquinário para produzir outros bens, um indicador de negócios futuros, também avançou 1,3 por cento na comparação mensal.

A Alemanha, maior economia da Europa, registrou um auemnto de 0,8 por cento na produção no mês.

Mas na comparação com dezembro de 2011 a produção geral na zona do euro teve queda de 2,4 por cento, em linha com as expectativas,

Fonte: Reuters Brasil

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

G7 reitera compromisso com taxas de câmbio determinadas pelo mercado


LONDRES/TÓQUIO, 12 Fev (Reuters) - O G7, que reúne as sete economias mais desenvolvidas do mundo, reiterou nesta terça-feira seu compromisso com taxas de câmbio determinadas pelo mercado e disse que as políticas fiscal e monetária não devem ser orientadas para desvalorizar moedas.

A reafirmação vem após uma rodada de retórica sobre guerras cambiais, em grande parte pelo novo governo do Japão pressionando para uma expansão agressiva da política monetária, que tem enfraquecido o iene de forma acentuada como resultado.

Segundo o comunicado, as potências do G7 --Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, Canadá e Itália-- concordaram em monitorar estreitamente as taxas de câmbio, que num movimento desordenado poderiam prejudicar a estabilidade econômica e financeira.

"Reafirmamos que as nossas políticas fiscal e monetária têm sido e continuarão a ser orientadas no sentido de cumprir nossos respectivos objetivos nacionais com instrumentos domésticos, e que não terão como alvo as taxas de câmbio", disse o comunicado divulgado pela Grã-Bretanha, que preside o fórum G8 (G7 mais a Rússia ) deste ano.

Apesar disso, não há sugestão de que Tóquio será alvo de forte pressão quando os ministros das Finanças do G20 e os representantes de bancos centrais se reunirem em Moscou, no fim da semana, até porque os EUA estão tolerando políticas semelhantes.

O ministro das Finanças japonês, Taro Aso, saudou o comunicado do G7, dizendo que o documento reconheceu que a política monetária de Tóquio não foi destinada a afetar os mercados de câmbio.

"Foi significativo para nós, como (o G7) corretamente reconhece que as medidas que estamos tomando para vencer a deflação não visam influenciar o câmbio", disse Aso a repórteres.

O subsecretário do Tesouro dos EUA, Lael Brainard, disse na segunda-feira que os EUA apóiam o esforço japonês para acabar com a deflação, mas notou que o G7 tem tido o compromisso de buscar taxas de câmbio determinadas pelo mercado, exceto em raras circunstâncias em que a volatilidade excessiva ou os movimentos desordenados podem justificar uma ação.

Fonte: Reuters Brasil

Ações avançam em Tóquio; maioria das bolsas asiáticas segue fechada


TÓQUIO, 12 Fev (Reuters) - As ações em Tóquio saltaram mais perto de uma máxima de 33 meses nesta terça-feira, ajudadas pela cotação do iene perto das mínimas ante o dólar, após investidores interpretarem comentários de uma autoridade dos Estados Unidos como aprovação para o Japão por buscar políticas para evitar a deflação e enfraquecer o iene.

O subsecretário do Tesouro dos EUA, Lael Brainard, disse na segunda-feira que os EUA apóiam os esforços japoneses para acabar com a deflação, mas notou que o G7 --grupo das sete economias mais desenvolvidas-- tem tido o compromisso de buscar taxas de câmbio determinadas pelo mercado, exceto em raras circunstâncias em que a volatilidade excessiva ou os movimentos desordenados podem justificar uma ação.

O Japão tem enfrentado algumas críticas no exterior de que está intencionalmente tentado enfraquecer o iene, com flexibilização da política monetária.

Os negócios com ações na Ásia foram reduzidos nesta terça-feira, com muitas bolsas de valores da região fechadas por feriado.

O iene mais fraco ajudou a valorizar a bolsa de Tóquio, com o principal índice acionário Nikkei avançando 1,94 por cento, a 11.369 pontos, com melhor perspectiva de lucro para exportadores.

O índice MSCI da região Ásia-Pacífico exceto Japão tinha queda de 0,12 por cento, com as ações australianas fechando praticamente estáveis, com oscilação negativa de 0,01 por cento.

As bolsas de Cingapura, Hong Kong, China, Malásia e Taiwan permaneceram fechadas.

Fonte: Reuters Brasil

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OCDE aponta para retomada da economia brasileira em 2013


Dados divulgados hoje pela OCDE, em Paris, indicam que a economia brasileira estaria dando sinais claros de que voltará a crescer nos próximos meses. A informação chega no momento em que economistas e o mercado em diversos países admitem a surpresa diante do baixo crescimento do PIB brasileiro em 2012.
Avaliando dezenas de indicadores, a OCDE chegou à conclusão de que a economia brasileira poderia passar por uma nova fase de expansão nos próximos seis meses. Em dezembro de 2012, o índice da OCDE para o Brasil chegou a 99,6 pontos, 1,7% acima de 2011.
O índice é construído a partir de dados como PIB, produção industrial, consumo, desemprego, exportações, balança de pagamentos e inflação. Segundo a OCDE, o cálculo permite saber qual será a tendência de uma determinada economia nos próximos seis meses.
Já a perspectiva para a China, Rússia e Índia é de um crescimento abaixo da capacidade desses países, o que indicaria que o freio nessas economias continuará a ser sentido.
Nos países ricos, os dados mostram tendências variadas. Nos Estados Unidos e Reino Unido, o crescimento estaria dando indicações de que estaria finalmente se consolidando. No Japão, os sinais de expansão estaria também surgindo.
Na zona do euro, a OCDE indica uma estabilização da taxa de crescimento, o que apontaria para uma recuperação lenta e que poderá se firmar só mesmo em 2014. Já o crescimento da França deve continuar fraco durante o ano.
No final desta semana, ministros do G-20 se reúnem em Moscou. Na pauta estará o debate sobre como fazer com que a economia mundial volte a crescer de forma sustentável.

Fonte: O Estado de S. Paulo

G7 deve divulgar comunicado para esfriar embate sobre câmbio


LONDRES, 11 Fev (Reuters) - O G7, grupo das principais economias desenvolvidas, está considerando emitir um comunicao nesta semana reafirmando o seu compromisso em torno de taxas de câmbio "determinadas pelo mercado", em resposta ao acalorado embate sobre uma guerra cambial, disseram duas autoridades do G20, nesta segunda-feira.

As duas fontes, de diferentes países, disseram à Reuters que, se aprovado, o comunicado pode ser lançado na reunião de ministros das Finanças do G20 e dos bancos centrais na sexta-feira e no sábado, em Moscou.

"Ele (o documento) concentra-se em um compromisso em que as taxas de câmbio serão determinadas pelo mercado e que (os governos) não vão utilizar políticas para manipular moedas", disse uma autoridade.

O texto pode mudar um pouco, mas está muito semelhante à última declaração emitida pelo G7 sobre moedas em 2011.

Vários países reagiram com alarme à política monetária expansionista adotada pelo governo do Japão, que levou o iene a se enfraquecer rapidamente.

Na semana passada, a França chegou a pedir um objetivo de médio prazo para a cotação do euro. Berlim rejeitou a sugestão e disse que não via que a moeda estava sobrevalorizada.

O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, o homem amplamente creditado com a cunhagem do termo guerra cambial, disse à Reuters na semana passada que a situação cambial global pode ficar ainda pior se a Europa se unir à luta.

A questão será discutida em Moscou, mas autoridades não esperam o Japão seja pressionado nessa fase.

Fonte: Reuters Brasil