sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Inflação avança 0,24% em agosto, aponta IBGE

Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 6,09%, abaixo dos 6,27% relativos aos 12 meses anteriores.

São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24% em agosto e ficou acima da taxa de 0,03% registrada em julho, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Contando com agosto, a variação no ano foi para 3,43%, enquanto havia se situado em 3,18% em igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 6,09%, abaixo dos 6,27% relativos aos 12 meses anteriores. Em agosto de 2012 a taxa havia ficado em 0,41%.

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram resultados superiores aos do mês anterior. Alimentação e bebidas saiu da queda de 0,33% de julho e ficou relativamente estável em agosto, indo para 0,01%.

Já os alimentos consumidos no domicílio continuaram em queda, embora menos intensa, passando de -0,73% para -0,34%, enquanto a alimentação fora foi de 0,45% para 0,67%.

O leite longa vida (3,75%), mesmo com alta inferior a julho (5,06%), liderou o ranking dos principais impactos do mês, junto com a refeição consumida fora, que foi de 0,21% para 0,76%.

Assim como os alimentos, os artigos de vestuário perderam o sinal de queda de um mês para o outro, passando de -0,39% para 0,08%, mostrando o início da nova coleção no mercado, que ainda convive com as liquidações da estação anterior.

Já os transportes (-0,06) tiveram queda menor em agosto do que em julho (-0,66%). As tarifas dos ônibus urbanos variaram -0,20%, ao passo que, em julho, haviam apresentado -3,32%. Houve quedas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-1,85%), Curitiba (-0,39%) e Porto Alegre (-0,36%).

O etanol mostrou a queda mais acentuada, indo de -0,55% para -1,16%, enquanto a gasolina foi de -0,23% para -0,15%. As passagens aéreas, que haviam aumentado 0,17% em julho, passaram para -0,61% em agosto.

Os artigos de residência apresentaram o mais alto resultado de grupo, com 0,89%, após ter registrado 0,28% em julho, destacando-se os itens eletrodomésticos (de 0,13% em julho para 1,43% em agosto), mobiliário (de 0,22% para 1,22%) e consertos de equipamentos domésticos (de -0,11% para 1,16%).

Em saúde e cuidados pessoais, que subiu de 0,34% em julho para 0,45% em agosto, destacaram-se os serviços médicos e dentários, que foram de 0,67% para 1,37%.

O grupo educação, que havia apresentado 0,11% de variação em julho, subiu para 0,67%. Os cursos regulares tiveram variação de 0,56%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,71%.

No grupo habitação, a variação de 0,57% foi a mesma registrada no mês anterior, enquanto comunicação (de 0,20% para 0,02%) e despesas pessoais (de 1,13% para 0,39%) reduziram suas taxas. Nas despesas pessoais, a redução pode ser atribuída aos rendimentos dos empregados domésticos, que foram para 0,53% após alta de 1,45% no mês de julho, além do item recreação, cuja taxa foi de 1,25% em julho para 0,80% em agosto.

Regiões

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,46%), onde as passagens aéreas, com peso de 2,05% e variação de 3,41%, causaram impacto de 0,07 ponto percentual. Além disso, o item alimentação fora subiu 1,21% e, com peso de 9,47%, gerou impacto de 0,11 ponto.

O menor foi o índice de Fortaleza (-0,11%), única região que apresentou deflação, em virtude, principalmente, da queda de 5,21% nas contas de energia elétrica, refletindo a redução de 57,22% nas alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. O resultado de -0,96% dos alimentos consumidos no domicílio também contribuíram para a queda do índice da região.

Fonte: Brasil Econômico

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