Economista, Especialista em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná e Graduando em Estatística, também, pela Universidade Federal do Paraná.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Credibilidade do Fed é testada com inflação abaixo da meta


O banco central americano cortou suas taxas de juros para zero no fim de 2008, durante a crise financeira.

Com a taxa de inflação dos Estados Unidos em quase metade da meta de 2%, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está passando por um grande teste e alguns especialistas se perguntam se eventualmente irá precisar intensificar seu programa de compra de títulos, que já é agressivo.

O Fed cortou suas taxas de juros para zero no fim de 2008, durante a crise financeira. Desde então, vem comprando mais do que US$ 2,5 trilhões em títulos para impulsionar a fraca recuperação econômica e acelerar a queda no desemprego.

Apesar dessas ações, o principal indicador de inflação do Fed, o índice de gastos do consumidor (PCE, na sigla em inglês), desacelerou para mínima de 3 anos e meio, de 1%.

Além disso, pelas próprias projeções do Fed, a inflação deve permanecer abaixo da meta do banco central durante anos.

"Eles dizem que vão estabelecer a política monetária de uma maneira que assegure que a inflação futura seja de 2%", disse professor de economia na Gerald Ford School de Política Pública, da Universidade de Michigan, Justin Wolfers.

"Agora, eles esperam que seja menor do que isso, e que o desemprego seja alto, então o próprio panorama do Fed diz que eles precisam fazer mais ações de estímulo", continuou Wolfers.

Isso pode acontecer, se a desaceleração na inflação persistir. Por enquanto, as autoridades do Fed não veem a queda como um sinal de ameaça deflacionária preocupante.

Na reunião da semana passada, o banco central decidiu continuar com sua compra de títulos de US$ 85 bilhões.

Na declaração, o Fed caracterizou a inflação como "estando de algum modo abaixo" da meta, uma frase que vem empregando desde dezembro.

As autoridades também podem encontrar algum conforto na diferença crescente entre o indicador de inflação que eles buscam e o índice de preços ao consumidor, que é mais popular.

A inflação dos preços ao consumidor vem subindo em taxas muito mais altas, o que pode sugerir que a queda nos preços do PCE irá mostrar-se transitória e irá se reverter caso o crescimento econômico acelere como o esperado até o fim de 2013.

Fonte: Brasil Econômico

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