Dia é de abertura para a curva de juros futuros da BM&F Bovespa, influenciada pelo IPC-S e pelo risco de racionamento de energia no país em 2013.
O fluxo de entrada de divisas, característico do início de ano no mercado cambial doméstico, levou o dólar a iniciar a sessão desta terça-feira (8/1) em baixa, dando sequência a trajetória observada no pregão anterior, quando a moeda caiu 0,29% ante o real.
Após chegar a mínima de R$ 2,020, o dólar inverteu de tendência no âmbito interno, em sintonia com o movimento que prevalece no mercado internacional de moedas.
Há pouco, a divisa tinha valorização de 0,19%, negociada a R$ 2,034 para venda.
O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, subia também 0,19%, aos 80.413 pontos.
O euro, uma das moedas que compõem o Dollar Index, caía 0,30%, a US$ 1,3077.
A agenda desta terça privilegiou as divulgações na Zona do Euro, onde a taxa de desemprego cresceu para 11,8% em novembro, nível recorde para a região no período.
As estimativas apontam para 18,8 milhões de desempregados nos 17 países que integram o bloco econômico.
A taxa da moeda americana acumulou baixa de 0,88% desde o início do ano por conta do fluxo de entrada, lembra Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi, e por isso, diz o especialista, a ligeira alta desta sessão pode ser interpretada como uma realização.
Além da sazonalidade que favorece um real mais apreciado, o consultor da instituição nipônica destaca também que a inflação em alta é outro fator que contribui para uma atuação do governo para manter o dólar mais próximo do piso de R$ 2,00.
Na próxima quinta (10/1), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, que a mediana das projeções dos analistas aponta para 0,74%.
Se confirmado, o resultado representará uma aceleração significativa, frente aos 0,60% da aferição anterior.
"A inflação deve continuar alta no primeiro trimestre, o que aumenta a percepção de que não há interesse de uma depreciação forte do real. O Banco Central (BC) deve continuar monitorando o câmbio, em uma banda estreita entre R$ 2,00 e R$ 2,05", afirma Nakahodo.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa opera em alta nesta terça, por influência do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que veio acima do esperado.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou hoje que o IPC-S teve variação positiva de 0,77% na primeira semana de janeiro, 0,11 ponto percentual superior ao valor registrado no período anterior. As estimativas apontavam para alta de 0,71%.
"Além disso, o risco de racionamento no país coloca em xeque a queda no preço da energia intencionado pelo governo, o que influi na abertura das taxas", diz Paulo Petrassi, gestor da Leme Investimentos.
Mais negociado, com giro de R$ 11,328 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subia de 7,71% para 7,76%, enquanto o para janeiro de 2014 avançava de 7,12% para 7,15%, com volume de R$ 10,914 bilhões.
Fonte: Brasil Econômico
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