SÃO PAULO, 7 Out (Reuters) - A Associação mundial de aço estimou nesta segunda-feira que o consumo aparente mundial do insumo vai crescer 3,3 por cento em 2014, para 1,523 bilhão de toneladas, liderado pela China.
Tanto para este ano quanto para o próximo, o consumo deverá ultrapassar as previsões anteriores, apontou a Associação Mundial de Aço (Worldsteel).
O consumo deverá crescer 3,1 por cento, para 1,475 bilhão de toneladas em 2013, contra uma estimativa de 1,454 bilhão de toneladas feita em abril, segundo o relatório. A previsão anterior para o ano que vem era de alta de 3,2 por cento.
Segundo a WorldSteel, o crescimento na China para este ano deve ser de 6 por cento, ante expansão global de 3,1 por cento. Por outro lado, a demanda de economias desenvolvidas deve encolher 1,6 por cento neste ano, para 384 milhões de toneladas, crescendo 1,7 por cento, a 390 milhões de toneladas, em 2014.
A expectativa para a China é de crescimento de 3 por cento em 2014, a 721 milhões de toneladas. Para a América do Sul e Central, onde o Brasil representa o maior mercado, a entidade que reúne o setor siderúrgico global espera crescimento de 5 por cento, para 51 milhões de toneladas.
Apesar do crescimento, a entidade ainda vê alto nível de excesso de capacidade produtiva global. "Há mais de 500 milhões de toneladas de excesso de capacidade no mundo. O excesso não está em algum país, mas disseminado por várias regiões, com exceção dos EUA, que são importadores", disse Edwin Basson, membro do Conselho da WorldSteel a jornalistas.
Para o diretor da área de siderurgia da consultoria McKinsey, Sigurd Mareels, o crescimento de cerca de 3 por cento não será suficiente para resolver uma situação de fragilidade financeira do setor.
Segundo ele, em 2012 o nível de alavancagem, medida por dívida líquida/Ebitda foi de 3,6 vezes, ante 2,5 vezes em 2011. Enquanto isso, 61 por cento das empresas têm fluxo de caixa negativo.
"A indústria ainda precisa gerar 76 bilhões de dólares adicionais, mantendo os atuais níveis de produção, para ser sustentável", disse Mareels.
Ele disse ainda que uma redução de capacidade de 300 milhões de toneladas ajudaria o setor, porém as siderúrgicas têm condições financeiras para fechar apenas um terço deste volume.
Fonte: Reuters Brasil
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